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Brasil/Dilma

Dilma promete lutar contra corrupção em seu segundo mandato

A presidente brasileira Dilma Rousseff iniciou nesta quinta-feira (1°) o seu segundo mandato. Durante o discurso em Brasília, a chefe de Estado garantiu que a educação será uma das prioridades dos próximos quatro anos, mas que a luta contra a corrupção continua sendo um de seus principais objetivos. Medidas contra a impunidade devem ser discutidas durante o primeiro semestre no Congresso. 

Dilma Rousseff disse durante a cerimônia de início do segundo mandato que seu governo foi um dos que mais lutaram contra a corrupção.
Dilma Rousseff disse durante a cerimônia de início do segundo mandato que seu governo foi um dos que mais lutaram contra a corrupção. REUTERS/Sergio Moraes
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Diante dos 27 chefes de Estado e de governo que se reuniram em Brasília para a cerimônia de início de segundo mandato, a presidente foi enfática em apontar a luta contra a corrupção como uma das prioridades dos próximos quatro anos. “A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada”, declarou Dilma.

A presidente lembrou que seu governo foi o que mais apoiou o combate à corrupção, por meio da criação de leis mais severas, e que a luta contra a impunidade deve estar no centro de um pacote de medidas que serão submetidas ao Congresso “ainda neste primeiro semestre”. Entre as iniciativas que devem ser discutidas estão a transformação em crime e a punição rigorosa de agentes públicos que enriquecem sem justificar a origem de seus ganhos, a transformação da prática de “Caixa 2” em crime, a criação de uma ação que permita confiscar os bens adquiridos de forma ilícita e a alteração da legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos. Mas Dilma lembrou que mesmo se essas medidas têm como objetivo de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, elas “jamais poderão significar a condenação prévia sem defesa de inocentes”.

Além da luta contra a corrupção, a defesa da educação aparece como um dos pilares dos próximos quatro anos. “Nosso lema será ‘Brasil, pátria educadora’ (...) Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e um sentimento republicano”, frisou a presidente.

Dilma quer aprimorar relacionamento com Estados Unidos

No plano internacional, a presidente brasileira lembrou a importância dos laços com os Estados Unidos, país que teve suas relações com Brasília estremecidas após o escândalo de espionagem visando Dilma, denunciado por Edward Snowden. A chefe de Estado ressaltou a relevância de se aprimorar o relacionamento do Brasil com Washington, “por sua importância econômica, política, científica e tecnológica, sem falar no volume de nosso comércio bilateral”.

Dilma também assinalou que pretende dar prioridade para as relações com os vizinhos da América do Sul e do Caribe, principalmente com o fortalecimento do Mercosul, da Unasul e da Comunidade dos Países da América Latina e do Caribe (Celac), “sem discriminação de ordem ideológica”. Dilma não esqueceu de mencionar os Brics, grupo que o Brasil forma com China, Índia, Rússia e África do Sul, “nossos parceiros estratégicos globais".

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