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EUA/Brasil

Joaquim Levy diz em Nova York que "ciclo das commodities acabou"

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira (18) em Nova York que o Brasil já está aplicando os ajustes e as reformas necessárias para iniciar um " novo ciclo de crescimento ", após o fim do boom das commodities. O ministro declarou a empresários e autoridades reunidas no Conselho das Américas que a Petrobras vai "superar seus problemas".

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Reuters
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"O ciclo das matérias-primas acabou", afirmou Levy, durante encontro em que apresentou as perspectivas econômicas do país no Conselho das Américas, com sede em Manhattan. "Se você tem a casa em ordem, o setor privado encontrará novas oportunidades de negócios e o crescimento irá voltar", declarou o titular da Fazenda. Levy garantiu que o governo está fazendo a lição de casa e "não esperou ter problemas mais sérios para iniciar os ajustes necessários".

O economista, que aplica uma política considerada ortodoxa baseada em aumentos de impostos, de tarifas e cortes nas despesas públicas, defendeu as políticas adotadas por seu antecessor, Guido Mantega, e a presidente Dilma Rousseff. Segundo Levy, "a maior parte dos ganhos obtidos com as exportações de matérias-primas foi investida para melhorar a educação e transformar a sociedade brasileira". Ele destacou o aumento do número de estudantes universitários no país, que subiu 60% entre 2006 e 2014.

Ao comentar a fraca previsão de crescimento da economia brasileira em 2015 (0,5%) e o primeiro déficit comercial em 14 anos, registrado no final do ano passado, Levy defendeu cortes de gastos nos órgãos federais para compensar a queda na arrecadação. O ministro enfatizou que "a situação fiscal está sob controle, não havendo motivo para preocupação".

"Petrobras vai superar seus problemas"

No total, o Brasil espera alcançar em 2015 um superávit primário de 1,2% do PIB. A meta será obtida sem a criação de novos impostos para o setor privado, garantiu Levy.

Em meio ao escândalo de corrupção que abalou a Petrobras, o ministro expressou sua confiança de que a companhia petrolífera vai "superar todos os problemas em suas contas". Ele reconheceu que a Petrobras atravessa "uma situação incomum", mas acredita na determinação da nova diretoria liderada por Aldemir Bendine em "virar a página".

Levy ressaltou que a produção de óleo e gás cresceu no ano passado depois de enfrentar um período de estagnação. Ele defendeu "a transparência das empresas brasileiras", lembrando que existe "um nível de abertura único no Brasil".

A Petrobras anunciou na semana passada que vai apresentar seu balanço auditado no final de maio de 2014 e advertiu que deverá reduzir os seus investimentos para compensar as perdas geradas pelo escândalo de corrupção e a queda nos preços do petróleo.

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