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Itália/Pizzolato

Extradição de Pizzolato da Itália para o Brasil é suspensa temporariamente

O tribunal regional de Lazio, na Itália, decidiu suspender provisoriamente a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A justiça vai avaliar novos documentos enviados pelo governo brasileiro antes de responder ao recurso apresentado pela defesa do executivo, condenado no processo do mensalão, e que pede para cumprir pena na Europa. Uma nova audiência está prevista para o dia 3 de junho.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, pode escapar de cumprir pena no Brasil se permanecer na Itália.
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, pode escapar de cumprir pena no Brasil se permanecer na Itália. ebc.com.br
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Gina Marques, correspondente da RFI em Roma

O advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli, informou a imprensa que seu cliente ficará na Itália, “certamente até 3 de junho”. Segundo ele, a decisão do tribunal foi tomada utilizando documentos enviados por Brasília, mas que não foram colocados à disposição da defesa. O advogado não disse se o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil permanece preso enquanto aguarda a nova audiência.

Silvelli ressaltou que o procedimento contradiz a recente lei aprovada pelo parlamento italiano, que permite aos cidadãos do país europeu, detidos ou condenados no Brasil, de cumprir pena na Itália. “Lembramos mais uma vez que Henrique Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, em apenas uma instância, sem possibilidade de impugnação, procedimento no qual os direitos da defesa não foram respeitados”.

O advogado também lembrou a “dramática e não-resolvida situação das prisões brasileiras, nas quais os direitos humanos não são respeitados". Esse foi um dos argumentos usados pela defesa para tentar impedir a extradição de Pizzolato.

O ex-diretor do Banco do Brasil, que tem cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, como parte do processo do mensalão. Em 2013, ele fugiu para a Itália usando o passaporte do irmão morto, antes de ser expedido seu mandado de prisão.

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