Remédio genérico contra a Aids é licenciado para países pobres
Uma decisão inédita à favor da luta contra o vírus HIV em nações subdesenvolvidas. A farmacêutica americana Gilead, uma das maiores do mundo, é a primeira a licenciar a produção de medicamentos genéricos para tratamento da Aids.
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Portadores do vírus HIV que moram em países da África e da Ásia terão em breve acesso a medicamentos bem mais baratos contra a doença. Isso será possível graças ao acordo assinado pela empresa Gilead com o Medicine Patente Pool (fundo para patentes de medicamentos), lançado pela Unitaid (fundo mundial para a compra de remédios por países pobres).
Os genéricos serão cópias dos antirretrovirais já comercializados pela própria farmacêutica, como tenofovir, emtricitabine, cobicistat, elvitegravir e Quad, uma combinação em pílula única de todas essas substâncias.
A condição é que esses remédios sejam vendidos em países pobres. O laboratório terá o direito a 3 a 5% de royalties sobre a venda, com exceção das doses pediátricas, que serão isentas de direitos.
Os genéricos serão produzidos na Índia a baixo custo e a concorrência entre fabricantes deverá diminuir ainda mais os preços. O valor final para os consumidores deverá girar em torno de 2% do cobrado nos países ricos.
Para que mais pessoas no mundo com Aids tenham acesso aos medicamentos, outros laboratórios devem ser convencidos a participar da iniciativa do fundo de patentes, o que poderia significar uma economia de mais de 91 bilhões de dólares aos países pobres por ano.
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