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Copa do Mundo

Haiti torce pela vitória do Brasil na Copa da África do Sul

Os haitianos vibram com as vitórias da seleção brasileira na África do Sul como se a equipe nacional do país estivesse em campo. Em Porto Príncipe, o estádio onde estão acampados milhares de desabrigados do terremoto transformou-se num gigantesco espaço de convívio, com telões, alto-falantes, pipoca, bandeiras e torcida organizada.

Torcida haitiana vibra, assistindo o jogo em que o Brasil derrotou o Chile e passou às quartas de final da Copa.
Torcida haitiana vibra, assistindo o jogo em que o Brasil derrotou o Chile e passou às quartas de final da Copa. Amélie Baron/RFI
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A Copa do Mundo não é apenas uma competição planetária onde se misturam dinheiro, fama, poder, técnica e rivalidades. A Copa também é uma história com capítulos que emocionam por sua dimensão humana.
É o caso dos haitianos, povo traumatizado pelo terremoto que devastou o país em janeiro deste ano, que deixaram sua tragédia de lado e estão vestindo, literalmente, a camisa do Brasil neste Mundial. O estádio onde estão acampados milhares de desabrigados, em Porto Príncipe, transformou-se num gigantesco espaço de convívio das torcidas.

A vitória brasileira sobre o Chile, que classificou o Brasil para as quartas-de-final, causou um verdadeiro fervor no Haiti. A partida foi assistida no estádio e em redes de televisão locais, por plateias improvisadas nas ruas e casas de vizinhos e amigos. Milhares de pessoas comemoraram a classificaç

ão brasileira cantando e dançando, pintadas de verde-amarelo. Parece uma cidade brasileira em festa.

O haitiano Nicolson disse à reportagem da RFI que torce para o Brasil desde que nasceu. "Admirei Pelé e seus gols incríveis, foi isso que me fez amar o Brasil. É claro que eles vão ganhar a Copa do Mundo este ano, não temos medo, nenhuma equipe pode vencê-los", afirma o haitiano. Para a jovem Martinelle, se o Brasil ganhar a Copa não haverá apenas uma festa, será um segundo terremoto que vai sacudir o Haiti.

No meio de tanto frenesi, os vendedores ambulantes ganham o seu ganha-pão, vendendo camisetas por 1.200 gourdes, o dinheiro local, cerca de 50 reais, e bandeiras do Brasil por 2 mil gourdes, em torno de 90 reais.

 

Com a colaboração de Amélie Baron, da RFI no Haiti.

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