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Música

Le Monde destaca trajetória de cantora brasileira Aline de Lima

O jornal francês dá destaque ao trabalho de autoprodução da cantora brasileira Aline de Lima, que acaba de lançar seu terceiro CD, "Marítima". Maranhense, ela vive em Paris há quase 12 anos.

Capa de "Marítima", novo álbum de Aline de Lima
Capa de "Marítima", novo álbum de Aline de Lima divulgação-myspace.com/alinedelima
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“É preciso uma determinação de leão”, conta Aline ao Monde a respeito de seu empenho em se autoproduzir. Misturando falta de opção, coragem e sorte, o jornal mostra a artista como um modelo inovador para resistir à crise mundial fonográfica. Ou seja, sem o apoio de uma gravadora.

O primeiro CD de Aline, “Arrebol” foi produzido pela Naïve, de Vinícius Cantuária, em Nova York, em 2005. Acompanhado de uma campanha de marketing, o álbum vende os esperados 16 mil exemplares. Já seu segundo trabalho, Açaí, produzido com o japonês Jun Miyake, rende 10 mil cópias. São números razoáveis, mas em tempos de crise do disco, as pequenas gravadoras não podem mais “desenvolver o potencial” de um artista, explica Aline. Isso levou ao fim da parceria com a Naïve, no ano passado.

Aline mergulha em crise existencial, mas logo outra porta se abre do acaso. Emocionado com a versão que ela faz da canção francesa “Septembre”, de Barbara, um fã entra em contato com Aline através do blog da cantora e lhe propõe financiar um novo projeto. Munida de seu “estúdio portátil”, composto por um velho computador, cabos, microfones e programas de mixagem e montagem, Aline produz “Marítima”, a um custo de aproximadamente 8 mil euros. A versão digital custa 8 euros em várias lojas virtuais de música.

A cantora também tem o desafio de fazer sua própria propaganda. Para isso, ela usa e abusa de redes sociais da Internet, como Twitter e Facebook. Os vídeos mais ou menos improvisados também estão disponíveis no Youtube e ganham adeptos.

Aline se diz orgulhosa de seu percurso e acha que pode ser um exemplo diante do momento de ruptura do meio musical. A receita, diz ela ao jornal Le Monde, é comandar todos os aspectos de sua obra, “como um pintor”.
 

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