Nobel francês de Literatura faz programação especial no Louvre
Com o tema ‘Os museus são o mundo’, J.M.G. Le Clézio, prêmio Nobel de literatura 2008, apresenta uma programação especial no museu do Louvre com obras antigas e contemporâneas do Haiti, México, África e Vanuatu. Le Clézio concebeu uma série de eventos – cinema, concertos, espetáculos, conferências e debates – que acontecem até o dia 6 de fevereiro.
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Le Clézio é avesso a toda e qualquer tipo de hierarquização na arte. “Todas as culturas têm o direito de se expressar, de serem lidas, ouvidas, de nos influenciar”, declarou o escritor em entrevista coletiva no Louvre. “Somos produtos de mestiçagens, não existe cultura pura, original – até mesmo a cultura grega foi influenciada pelo Egito e pela África”.
O escritor fez um apanhado eclético de obras, incluindo pinturas históricas, gravuras inovadoras, redes, instrumentos de vudu, ex-votos mexicanos e outros objetos de várias vertentes etnográficas. Para Le Clézio, “a fronteira entre arte e artesanato não é nítida”.
Antes de Le Clézio, o Louvre convidou outras personalidades do mundo artístico e intelectual para programações especiais, como o compositor francês Pierre Boulez, o escritor italiano Umberto Eco e o diretor de teatro e cinema Patrice Chéreau.
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