Cantora americana Etta James morre aos 73 anos

Etta James era uma intérprete de difícil classificação. Assim como em sua carreira e personalidade, ela ia com facilidade de um extremo a outro, do blues ao pop, passando pelo jazz. Apesar da vida turbulenta, da carreira de altos e baixos, suas interpretações foram sempre admiradas e reverenciadas. Uma referência para artistas da nova geração, como Beyoncé Knowles e Adele.

Etta James em 2004. Reuters

Etta James, nascida Jamesetta Hawkins, morreu nesta sexta-feira, aos 73 anos, na Califórnia, em consequência de uma leucemia. Sua mãe tinha apenas 14 anos quando ficou grávida, de pai desconhecido. Criada por famílias de acolhimento, ela cantava desde os 5 anos, em igrejas. O primeiro sucesso – The Wallflower - veio aos 15 anos, já de empresário, banda (The Peaches) e nome artístico.

Em 1960, Etta James grava At Last, uma de suas interpretações antológicas, retomada por Beyoncé Knowles, em 2009, na abertura do baile de inauguração do presidente Barack Obama. Beyoncé também viveu Etta James no filme “Cadillac Records”. Etta era também a preferida da britânica Adele.

A carreira subia e descia, acompanhando as mudanças de ritmos e gêneros. Paralelamente, a vida pessoal de Etta James mergulhava nas drogas. Ela fala sobre os vários períodos de tratamento em clínicas de recuperação em uma autobiografia, lançada em 1995.

Etta James deixa o marido Artis Mills, com quem era casada há 42 anos, dois filhos e quatro netos. O marido e o filho travaram brigas pelo controle do patrimônio da cantora até pouco antes da morte de Etta James. O contencioso foi resolvido em favor do marido.