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China/ arte

Cerâmica rara chinesa é vendida por 26 milhões de dólares

Uma raríssima cerâmica fabricada há mais de mil anos em um forno imperial da China foi leiloada hoje por 26 milhões de dólares em Hong Kong, um exemplo do dinamismo do mercado de artes na Ásia. A vasilha, com um delicado formato de flor, data da dinastia Song do Norte (960-1127).

O presidente da Sotheby's Ásia, Nicolas Chow, mostra a peça vendida por mais de 26 milhões de dólares nesta quarta-feira, em Hong Kong.
O presidente da Sotheby's Ásia, Nicolas Chow, mostra a peça vendida por mais de 26 milhões de dólares nesta quarta-feira, em Hong Kong. REUTERS/Tyrone Siu
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A cerâmica é uma das peças “Ruyao”, o nome dos cinco grandes fornos que operavam na dinastia Song, e que são as mais raras da China. O valor do objeto era estimado em 10 milhões de dólares pela casa de leilões Sotheby's, mas acabou sendo arrebatada por mais do que o dobro. O comprador preferiu manter o anonimato.

“Esta peça é sem dúvida a maior obra de arte da cerâmica Song que nós já tivemos em Hong Kong”, declarou Nicolas Chow, vice-presidente da Sotheby's Ásia. Oito compradores do mundo inteiro, sobretudo asiáticos, se confrontaram ao longo de 15 minutos de lances frenéticos pela cerâmica. Eles haviam sido escolhidos a dedo com antecedência.

A vasilha é na cor azul esverdeada muito clara, com reflexos cinza e esmeralda. Na descriçao do escritor Gao Shigi, conselheiro do imperador Kangxi (1662-1722), a cor das peças Ruyao lembra “a cor do céu após a chuva”.

Estima-se que ainda existam 79 peças intactas no mundo, praticamente todas guardadas em museus. Apenas seis delas pertencem a colecionadores privados. A raridade dos objetos Ruyao se explica pelo fato de que elas foram produzidas durante muito pouco tempo, cerca de 20 anos.

A venda é um exemplo do dinamismo do mercado de artes na Ásia. Em março, um relatório especializado demonstrou que a China hoje ocupa o primeiro lugar mundial no setor, pondo um ponto final ao domínio americano.

Não satisfeita em liderar a compra e venda de objetos de arte, os chineses também destronaram ícones ocidentais na receita gerada por artistas consagrados. Em 2011, o chinês Zhang Daqian (1899-1983) ultrapassou o pintor Pablo Picasso, que passou direto para a quarta posição atrás de outro chinês, Qi Baishi, e do americano Andy Warhol.

 

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