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França/Brasil

Maria Bonomi pede a público que toque peças expostas em Paris

Até o dia 22 de setembro pode ser vista na Maison de l'Amérique Latine, em Paris, a exposição consagrada à artista plástica ítalo-brasileira Maria Bonomi. Reconhecida internacionalmente como figura relevante das artes plásticas,  Maria Bonomi apresenta uma retrospectiva de sua carreira e convida os visitantes a tocarem suas esculturase as grandes matrizes de suas gravuras .

"A Ponte", xilogravura realizada em 2011 por Maria Bonomi.
"A Ponte", xilogravura realizada em 2011 por Maria Bonomi. DR
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Esta é a primeira mostra individual de Maria Bonomi em Paris, com curadoria de Jorge Coli e organização de Maria Helena Peres Oliveira. E como boas vindas para o público, ela criou um espaço de erotismo e descoberta na sala da entrada,  totalmente vermelho, com uma gravura circular espacial de alumínio e milhares de retalhos de seda e renda encobrindo o chão.

Este primeiro sabor de força e paixão sá vai se acentuando à medida que visitamos as obras, xilogravuras e litografias realizadas de1958 até hoje.

"Eu faço gravura", ela me repete, enquanto explica as intenções do seu trabalho, onde as cores se multiplicam e ganham vida, preservando, como por magia, a sua transparência.

Ao percorrer as salas com obras tão cúmplices, lemos diversas vezes um aviso que surpreende quem está habituado a frequentar os museus na Europa: "Toque, por favor". Fato raro, Maria convida os visitantes a descobrir de forma tátil as belíssimas matrizes de madeira que trouxe do seu ateliê em São Paulo. Uma generosidade que permite entendermos melhor a profundidade do seu trabalho, seus sulcos, contornos, relevos.

É permitido tocar também a escultura "Favela", uma deliciosa estrutura metálica com inscrições lidas em caixotes de produtos e fachadas.

A voz de Haroldo de Campos recitando "O Elogio da Xilo", poema concreto feito em homenagem à artista, enriquece o universo "Bonomiano", do qual não se sai ileso.

A espetacular instalação da gravura "A Ponte", complementada por diversas matrizes metálicas que parecem saltar do quadro, formando um rio, representa, segundo Maria Bonomi, este momento de suspensão entre o presente e o futuro, as incertezas.

 

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