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França/Literatura

Salão do Livro de Paris abre as portas, com presença de brasileiros

Nesta sexta-feira (21), o Salão do Livro de Paris abriu as portas para quatro dias de aventuras literárias. Neste ano, a Argentina é o país homenageado, trazendo 46 autores por ocasião do centenário de nascimento do grande Julio Cortázar, um dos escritores argentinos mais famosos no mundo. Diversos autores brasileiros estão na capital para o evento.

Da esquerda para a direita, os escritores Michel Laub, Ana Martins Marques e Marcelino Freire, no Salão do Livro de Paris em 21 de março de 2014.
Da esquerda para a direita, os escritores Michel Laub, Ana Martins Marques e Marcelino Freire, no Salão do Livro de Paris em 21 de março de 2014. LC
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O Brasil trouxe a sua diversidade literária ao Salão do Livro de Paris, com escritores de várias partes do país. São Michel Laub (Porto Alegre), Ana Martins Marques (Belo Horizonte), Tércia Montenegro (Fortaleza), Marcelino Freire (Sertânia, Pernambuco), Cristóvao Tezza (Lages, Santa Catarina) e Newton Moreno (Recife). Todos participarão de debates em locais culturais da capital como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Livraria Portuguesa e Brasileira, a Casa da América Latina, o Instituto de Estudos Ibéricos e Latino-Americanos e a Universidade Paris Sorbonne.

Aniversário e lançamento em Paris

O pernambucano Marcelino Freire ganhou de presente de aniversário esta vinda ao Salão do Livro e um lançamento na França. "Comemorei aqui os meus 49 anos, não tem presente melhor do que celebrar a data no Salão do Livro de Paris, cidade que visito pela segunda vez. Estou muito feliz de estar aqui lançando 'Nossos Ossos', 'Nos Os', em francês, pela editora Anacaona. Estou aqui divulgando e feliz com isso, a literatura é a minha vida", diz o autor.

Paris, uma biblioteca com um rio no meio

A presença da poetisa Ana Martins Marques, mineira de Belo Horizonte, prova que o gênero tem o seu espaço conquistado. Ana tem dois livros, A Vida Submarina (Ed.Scriptum, 2009) e Da Arte das Armadilhas (Companhia das Letras, 2011). "Estou muito feliz de estar em Paris como escritora,  a cidade é uma referência para qualquer autor, vejo a cidade como uma biblioteca com um rio no meio e fico feliz com o fato de o Salão abrir espaço para a poesia", ela observa, dizendo que a poesia tem um público minoritário, mas muita gente se interessa por ela.

Repensar o livro

Michel Laub nasceu em Porto Alegre, hoje vive em São Paulo e tem seis livros publicados, entre eles, "Diário da Queda"(Companhia das Letras), que vai ser lançado em setembro na França pela editora Buchet/Chastel. "Foi muito legal fazer a versão francesa. O autor escreve a obra, tem os leitores, os editores a crítica, enfim, as instâncias de recepção do livro. E o tradutor é uma instância a mais, e das mais interessantes porque é alguém que conhece o texto a fundo. No caso francês, fui obrigado a repensar naquilo que tinha feito, olhar certos trechos e capítulos e pensar porque escrevi ou usei certas palavras. Isto faz com que a gente tenha uma nova compreensão do nosso próprio livro - e isso é uma das coisas mais interessantes do processo de tradução", reflete Michel Laub.

Brasil em 2015

O Salão do Livro de Paris vai até o dia 24 de março, no Parque de Exposições de Versalhes, em Paris. Além da Argentina, Xangai participa como cidade convidada.

Em 2015, será a vez do Brasil ser o país homenageado, uma demonstração do espaço que a cultura sul-americana ocupa no cenário literário mundial.

Ouça a entrevista com os escritores brasileiros:

08:38

Reportagem sobre o Salão do Livro 2014

 

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