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Espanha/Literatura

Espanha pode ter encontrado restos mortais de Miguel de Cervantes

A Espanha anunciou nesta terça-feira (17) que pode ter encontrado restos mortais de Miguel de Cervantes, o autor de Dom Quichote, quase 400 anos após a morte do escritor. Um caixão com as iniciais M.C. foi descoberto sábado na cripta da igreja das Trinitarias Descalzas, no centro de Madri. Os espanhóis receberam a notícia com surpresa e entusiasmo.

A antropóloga Almudena García Cid exibe imagens do caixão contendo ossos que seriam de Cervantes.
A antropóloga Almudena García Cid exibe imagens do caixão contendo ossos que seriam de Cervantes. REUTERS/Andrea Comas
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Os fragmentos de ossos que seriam do famoso poeta, dramaturgo e novelista espanhol foram localizados por cientistas que trabalham há um ano no local. A equipe de arqueólogos, historiadores e técnicos forenses encontrou o caixão com as iniciais em um dos nichos da cripta do templo. Em uma das tábuas de madeira, muito deteriorada, são visíveis as iniciais M.C., que coincidem com Miguel de Cervantes.

Os investigadores não confirmam ainda se os ossos pertencem ao escritor, até porque o caixão contém também ossos que parecem ser de uma criança. Agora será necessário separar os ossos e verificar se eles correspondem aos de um homem de 68 anos - a idade do escritor quando morreu - e também se apresentam algumas das lesões que podem identificar Cervantes, como as sofridas na batalha de Lepanto. A madeira do caixão também será analisada, para conseguir uma datação.

Descoberta surpreende espanhóis

A descoberta causou surpresa e também uma grande expectativa na Espanha. Desde abril do ano passado, os especialistas analisam os 36 nichos da cripta e algumas das várias sepulturas descobertas no subsolo, em busca dos restos mortais do escritor, considerado um expoente da literatura universal. Documentos históricos indicam que Cervantes foi enterrado no dia 23 de abril de 1616 na igreja do convento das Trinitarias Descalzas.

"São muitas coincidências e nenhuma discordância", declarou entusiasmado o antropólogo forense Francisco Etxeberría, diretor da equipe. O perito espanhol também participou da autópsia do presidente chileno Salvador Allende, morto durante o golpe de estado de Augusto Pinochet, em setembro de 1973.

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