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Festival de Cannes 2015

“Polêmica do salto alto” agita Festival de Cannes; confira os filmes de hoje

Os organizadores do Festival de Cannes foram obrigados nesta terça-feira (19) a desmentir um boato espalhado na rede social Twitter, de que convidadas que não calçassem salto alto estariam sendo impedidas de passar pelo tapete vermelho. Na mostra competitiva, um roteiro de François Truffaut deve ser o destaque do dia.

Emily Blunt, estrela do longa "Sicario", se manifestou contra o salto alto.
Emily Blunt, estrela do longa "Sicario", se manifestou contra o salto alto. REUTERS/Benoit Tessier
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A edição deste ano prometia ser a mais feminina de todas – depois de anos de acusação de ser um “festival machista” –, mas uma nova polêmica incitou as mulheres contra a organização de Cannes. Um artigo publicado pela revista britânica Screen Daily denunciou que algumas “convidadas ao redor de 50 anos foram recusadas” por porteiros do festival na noite de domingo, antes da projeção do filme Carol, estrelado por Cate Blanchett, sobre um caso de amor lésbico.

A revista chamou de “uma má ação de relações públicas em relação a igualdade de gênero”. Pouco depois, Asif Kapadia, diretor do documentário sobre a cantora Amy Winehouse, disse, pelo Twitter, que sua mulher havia sido censurada por não usar salto, mas que conseguiu acessar a projeção.

A história se espalhou pelo Twitter, com mensagens revoltadas, obrigando o diretor do festival, Thierry Fremaux, a se manifestar, pela mesma rede. “O rumor de que o festival exige salto alto para as mulheres não tem fundamento”, escreveu. Mas já era tarde demais. As reações vieram mesmo das estrelas. Emily Blunt, protagonista do thriller Sicário, filme em competição nesta terça-feira, disse que a postura do festival era “decepcionante”. “Todo mundo deveria usar sapatilha”, disse ela.

O diretor do longa, o canadense Denis Villeneuve, preferiu a piada: disse que Benicio Del Toro e Josh Brolin, atores que também estrelam seu filme, iriam “subir as escadas de salto alto” em solidariedade.

Uma fotógrafa do jornal Le Parisien disse que também "tomou uma bronca" da organização do festival. Não por estar sem salto alto, mas porque seu sapato era marrom, quando a cor exigida para a imprensa é o preto.

Cannes respondeu, este ano, às frequentes acusações de sexismo do passado, convidando duas diretoras mulheres para a mostra competitiva, abrindo o festival com um filme de Emmanuelle Bercot e dando uma Palma de Ouro de honra para Agnès Varda.

Mostra competitiva

Uma história de incesto entre dois irmãos é o que promete o filme Marguerite et Julien, um dos longas em competição nesta terça-feira. Embora seja dirigido pela jovem realizadora francesa Valérie Donzelli, o roteiro é assinado por um dos grandes nomes do cinema, François Truffaut. Ele escreveu o roteiro em 1973, mas acabou não levando adiante o projeto que agora ganha as telas.

Outro filme em competição hoje é Sicario, do canadense Denis Villeneuve. O filme conta a história de uma agente do FBI enfrentando o tráfico de drogas na fronteira dos Estados Unidos com o México. O longa é considerado o mais "hollywoodiano" do festival deste ano.

O terceiro destaque do dia em Cannes, mas fora de competição, é Alias Maria, uma co-produção colombiana, argentina e francesa, e que conta a história de uma jovem combatente das Farc.

 

Confira flashes desta terça-feira em Cannes:

 

 

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