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Crise do euro

Rússia é vulnerável à crise na Europa, diz FMI

A crise na zona do euro pode atingir a Rússia, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante visita a Moscou, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, alertou para o risco de queda no preço do petróleo e fez um apelo ao governo russo para que fique de olho nos gastos públicos.

Dmitry Medvedev, presidente russo, e a diretora do FMI, Christine Lagarde, durante encontro realizado no Kremlim, nesta segunda-feira.
Dmitry Medvedev, presidente russo, e a diretora do FMI, Christine Lagarde, durante encontro realizado no Kremlim, nesta segunda-feira. REUTERS/Mikhail Klimentyev/RIA Novosti/Kremlin
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A Rússia sobreviveu a muitas crises. A Rússia é um sobrevivente, mas o país é ainda bastante vulnerável. Uma prioridade deve ser reconstruir sua política fiscal e diversificar a economia", afirmou Lagarde durante uma coletiva de imprensa em Moscou.

Antes da coletiva, Lagarde se reuniu com o presidente russo, Dmitri Medvedev, mas nenhuma informação do encontro foi divulgada à imprensa. Medvedev disse apenas, antes do encontro, que iram conversar sobre "questões da atualidade internacional" e sobre os resultados da cúpula do G20, realizada na última quinta e sexta-feira, em Cannes, no sul da França.

Segundo a diretora do FMI, a Rússia poderia se encontrar em uma situação "desconfortável" se o problema da dívida europeia se transformar em crise econômica. A economia russa é extremamente dependente do petróleo e uma queda no preço do barril pode levar a quada nas receitas do país, como em 2009, quando a economia russa contraiu 8%.

A diretora-geral do FMI também alertou para o risco do aumento do desequilíbrio dos gastos em período eleitoral. A Rússia organiza eleições legislativas em dezembro deste ano e presidenciais em 2012. Muitos economistas e analistas se mostram inquietos com o aumento das despesas e das subvenções públicas dadas pelo governo com a aproximação dos pleitos.

Os países emergentes vinham afirmando estarem ainda preservados dos efeitos da crise na Europa, mas esse discurso começa a mudar. Durante coletiva à imprensa na cúpula do G20, a presidente Dilma Rousseff disse que a crise já começa a "respingar" nos emergentes.

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