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Portugal/Crise

FMI alerta para piora da recessão de Portugal

A situação das contas públicas do governo português se deteriora. O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que Portugal se encontra em situação alarmante e, se os mercados não reagirem favoravelmente, o país será obrigado a ter um novo plano de ajuda.

Portugueses protestam em Lisboa contra medidas de austeridade.
Portugueses protestam em Lisboa contra medidas de austeridade. REUTERS/Hugo Correia
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Colaboração de Adriana Niemeyer, correspondente da RFI em Lisboa

Apesar de confirmar que Portugal está fazendo bem a sua lição de casa e cumprindo as metas do plano de austeridade, o FMI divulgou um novo relatório alarmante de avaliação do programa. O Fundo concluiu que o país passará provavelmente por uma recessão ainda mais profunda do que era prevista até o momento e que a receita imposta pela troika (composta pelo próprio FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) pode ser insuficiente para resolver os problemas da economia do país.

A notícia não vem em uma boa hora para os portugueses, que ficaram sabendo, nesta semana, que os cortes nos subsídios de férias e 13º salário vão ser estendidos até pelo menos 2014 e não até o ano que vem como se previa. Além disso, haverá cortes nas aposentadorias antecipadas, assim como nos subsídios de desemprego e maternidade.

Crescimento português em 2013 deve girar em torno de 0,3%

Na avaliação do FMI em seu relatório, as perspectivas de crescimento a partir de 2012 são "incertas". As previsões do fundo apontam para um crescimento de 0,3% em 2013, e de 2% em 2014. Segundo o FMI, os números podem ser apenas reflexo de uma “recuperação cíclica” e que existem incertezas quanto a estas projeções.

Para contornar este cenário, a receita do FMI desta vez não é mais austeridade, mas sim a identificação e adoção de várias reformas para o crescimento da economia. "Sem a aplicação de medidas de estímulo econômico, não se espera que Portugal recupere a quota de mercado que tem vindo a perder nos últimos anos", afirma o relatório.

Além disso, o FMI avisa que, se a recessão se revelar "mais profunda" do que a prevista, ou se as taxas de juros da dívida forem ainda mais altas, todo o esforço para redução da dívida pública ficará comprometido.

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