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Espanha/Crise

Moody's reduz nota de crédito da Espanha em três níveis

A agência de notação de risco Moody's rebaixou na quarta-feira à noite em três níveis a nota de endividamento da Espanha, seguindo tendência que já tinha sido assinalada pela agência Fitch. A nota da Espanha passou de A3 para Baa3, com perspectiva negativa, ficando apenas um nível acima do risco especulativo. Em reação, as bolsas europeias abrem o pregão em baixa.

Homem protesta contra sede do banco Bankia na Espanha. O banco é o quarto maior do país.
Homem protesta contra sede do banco Bankia na Espanha. O banco é o quarto maior do país. REUTERS/Sergio Perez
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Na avaliação da Moody's, o resgate de 100 bilhões de euros concedido pelos vizinhos europeus ao setor bancário espanhol vai aumentar o peso da dívida pública da Espanha e a economia do país continuará debilitada. A agência de rating  prevê que a dívida espanhola vá chegar a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final do ano, o que é um quadro muito mais drástico do que se esperava este ano. É muito provável, segundo a Moody's, que a Espanha venha a pedir nova ajuda externa.

Em novo leilão de títulos da dívida realizado hoje, o Tesouro espanhol viu os juros bater novo recorde, 6,9% para vencimento em 10 anos. Antes mesmo dessa nova emissão,a Moody's  já havia alertado em um comunicado de ontem que o governo espanhol “tem um acesso muito limitado ao “mercado de capitais” e também criticou a dependência espanhola dos próprios bancos nacionais para conseguir compradores para os papéis da dívida.

Chipre

A Moody's também rebaixou durante a madrugada a nota da dívida soberana do Chipre em dois degraus, de Ba1 a Ba3, advertindo para um possónel novo downgrade. A Moody's baseou sua decisão nas potenciais consequências para a economia cipriota da saída da Grécia da zona do euro. No comunicado divulgado ontem para explicar o motivo do rebaixamento, a agência destaca que: “A consequência imediata [da crise grega para o país] é o crescente apoio que o governo terá que dar aos bancos cipriotas” por causa do alto grau de exposição dessas instituições ao títulos da dívida grega.

Mercados

O euro abriu em baixa no mercado de divisas de Frankfurt e era cotado a US$ 1,2570 frente aos US$ 1,2584 da tarde de ontem. O principal índice da Bolsa de Valores de Tóquio, o Nikkei, fechou o pregão com queda de 0,22%. As bolsas europeias abriram no vermelho. É consenso que o pacote de resgate ao setor bancário espanhol não gerou confiança nos mercados, e os investidores continuam na expectativa de uma saída da Grécia da zona do euro.
 

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