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EUA/ FMI

FMI rebaixa previsão de crescimento do Brasil e outros emergentes

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou hoje para baixo as previsões de crescimento mundial para 2012 e 2013. Os países emergentes, também afetados pela crise, demonstram um “potencial de crescimento menor” do que o esperado. O Brasil deve crescer 2,5%, meio ponto a menos do que o previsto anteriormente.

Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, quando anunciou que as previsões seriam reduzidas, em 3 de julho.
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, quando anunciou que as previsões seriam reduzidas, em 3 de julho. REUTERS/Jason Reed
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O FMI avalia que existem “novos sinais de fraqueza” da economia mundial, especialmente na zona do euro e nos Estados Unidos. As previsões foram revistas e divulgadas nesta segunda-feira. Os dados demonstram um “leve recuo” em relação às perspectivas anunciadas em abril: o órgão espera 3,5% de crescimento mundial (0,1% a menos do que o previsto anteriormente) e 3,9% em 2013 (0,2% a menos).

Em relação às economias emergentes, o FMI chamou a atenção para que a capacidade produtiva em vários países emergentes, como China e Brasil, mas sobretudo Índia, poderá ser menor do que se esperava anteriormente e que o crescimento futuro pode decepcionar. O fundo cortou em 0,1% sua estimativa de crescimento em economias emergentes neste ano e no próximo, projetando uma expansão de 5,9% em 2013 e 5,6% em 2012.

“O crescimento nestas economias foi apoiado, em parte, pelo desenvolvimento do setor financeiro e uma rápida progressão do crédito, que podem ter feito nascer expectativas desmerudamente otimistas”, observou o relatório.

O Brasil deve crescer 2,5% em 2012 (meio ponto percentual a menos que o previsto) e 4,6% em 2013, impulsionado pela proximidade da Copa do Mundo de 2014, disse o órgão.

"Os riscos para essa perspectiva global mais fraca continuam grandes", trouxe o FMI em seu relatório Perspectiva Econômica Mundial. "O risco mais imediato é o de que ações políticas atrasadas ou insuficientes vão acelerar ainda mais a crise da zona do euro." A entidade informou que as economias avançadas vão crescer apenas 1,4% ano e 1,9% em 2013.

No início do mês, a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, já havia antecipado que ocorreria uma modificação negativa nas perspectivas. No relatório divulgado hoje, o FMI constata que a situação econômica mundial não deu sinais de melhora. “Nos últimos três meses, a retomada mundial, que já não era muito forte, mostrou novos sinais de enfraquecimento”, diz o texto, destacando “tensões” crescentes na “periferia da zona do euro”.

O fundo monetário cita os casos da “incerteza política e econômica crescente” na Grécia e dos “problemas no setor bancário” da Espanha, enquanto questiona “até quando” a Europa pronta para ajudar os países em dificuldades na zona do euro. As incertezas levaram a uma queda de 0,2% na expectativa de crescimento no conjunto dos países que adotam o euro em 2013, chegando a apenas 0,7% de aumento do PIB. A França não deve crescer mais do que 0,3% até dezembro e 0,8% no próximo ano.

 

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