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Economia/Desemprego

Desemprego continua em alta na zona do euro e atinge 11,2% da população

O desemprego na zona do euro se manteve em 11,2% em junho, mesmo índice do mês anterior, quando foi registrado um aumento recorde. Os dados divulgados nesta terça-feira pela Agência oficial de estatísticas do bloco, a Eurostat, confirmam que pelo 14° mês consecutivo, o desemprego ficou acima do nível simbólico de 10% no bloco.

Espanhóis fazem fila antes da abertura de agência de emprego em Madri, em foto do dia 27 de julho.
Espanhóis fazem fila antes da abertura de agência de emprego em Madri, em foto do dia 27 de julho. REUTERS/Juan Medina
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Segundo os últimos dados oficiais, 17,8 milhões de pessoas estão à procura de trabalho na zona do euro. Isso significa que em um ano, houve aumento de 2,02 milhões de pessoas inscritas na lista dos desempregados. Para o conjunto da União Europeia, a taxa de desemprego atingiu 10,4% em junho, assim como no mês de maio, quando foi estabelecido um novo recorde.

Entre os países da zona do euro, as taxas mais baixas de desemprego foram registradas na Áustria ((4,5%), na Holanda (5,1%) assim como na Allemagne e Luxemburgi (5,4%). O índice mais elevado é o da Espanha com 24,8% da população economicamente ativa sem trabalho. Na Grécia, os últimos dados disponíveis, de abril, indicam que o desemprego é de 22,5%.

Nesse dois países o desemprego atinge principalmente a faixa mais jovem da população com um jovem cada dois sem trabalho. Na Espanha, 52,7% dos jovens com menos de 25 anos estão desempregados e na Grécia, o índice é de 52,8%.

Na Alemanha o índice de de desemprego, que estava em baixa, voltou a crescer no mês de julho registrando 6,8% contra 6,6% no mês anterior, de acordo com a Agência alemã para o emprego. Com o aumento de 66.800 pessoas sem trabalho, o número de desempregados atinge 2,876 milhões em todo o país.

Uma das explicações dadas pela Agência oficial é de que com o fim dos estudos, muitos jovenes alemães se inscrevem no seguro-desemprego. Outro motivo seria o fechamento de algumas empresas neste período de verão na Europa.

“Apesar desse ligeiro aumento no desemprego, a tendência mostra claramente que o mercado de trabalho na Alemanha é sólido”, disse um economista de um banco privado. “ A crise da zona do euro teve um efeito moderado sobre a economia, vários indicadores mostram que as empresas estão mais cautelosas em relação a contratações”, disse o especialista.

Itália

Na Itália o índice de desemprego bateu um novo recorde em junho ao atingir 10,8% da população economicamente ativa contra 10,6% em maio, segundo balanço ainda provisório do Instituto Nacional de Estatísticas, o Istat.

O índice é o mais elevado desde o início da publicação das estatísticas, em janeiro de 2004. É o quarto mês consecutivo que ultrapassa a barra simbólica de 10%. Os novos números indicam que 2,792 milhões estão à procura de trabalho do país, o que representa uma alta de 2,7% em um mês (+ 73 mil pessoas).

O desemprego aumenta na Itália desde o ano passado quando a economia do país, afetada pela crise da dívida soberana e pelos planos de austeridade do governo para reduzir o déficit público e acalmar os mercados, começou a se contrair.

A Itália entrou em recessão oficialmente no final de 2011, após dois trimestres consecutivos de queda no PIB.
Em entrevista nesta terça-feira à rádio RAI 1, o primeiro-ministro italiano Mario Monti declarou que a Itália e a Europa se aproximam do “final do túnel” da crise.

“ A pedra angular” da saída da crise “deve ser a aplicação sem demora das decisões tomadas em Bruxelas”, disse Monti em referência às medidas adotadas durante o Conselho Europeu dos dias 28 e 29 de junho.

Depois de um novo período de tensão nos mercados no início da semana passada, a pressão dos investidores diminui diante da expectativa de uma ação por parte do Banco Central Europeu e dos países da zona do euro para baixar as taxas de juros da Espanha e Itália.
 

 

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