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Grécia/crise

Encontro entre credores e governo grego foi "produtivo"

As discussões entre as autoridades gregas e a troika formada pelo Banco Central Europeu, o FMI e a União Europeia foram “produtivas” e Atenas se comprometeu a “continuar seus esforços” para atingir os objetivos do plano de ajuste orçamentário, informou neste domingo, em comunicado, os credores do país.

Representantes do Banco Central Europeu, Klaus Masuch (à esq.) e da Comissão Europeia, Matthias Mors (à dir.) chegam para reunião no Ministério das Finanças, em Atenas, em 02 de agosto.
Representantes do Banco Central Europeu, Klaus Masuch (à esq.) e da Comissão Europeia, Matthias Mors (à dir.) chegam para reunião no Ministério das Finanças, em Atenas, em 02 de agosto. REUTERS/Yorgos Karahalis
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“As discussões sobre a aplicação do programa foram produtivas e houve um acordo global sobre a necessidade de reforçar os esforços para atingir os objetivos do plano”, disseram os credores no documento. Os especialistas da troika, Poul Thomsen (FMI), Klaus Masuch (BCE), e Matthias Mors (UE), concluíram neste domingo, em Atenas, as discussões com os responsáveis gregos sobre um programa de economia de 11,5 bilhões de euros que a Grécia deve adotar até 2013 e 2014.

No comunicado, a troika afirmou que as autoridades gregas se comprometeram a prosseguir com as negociações em agosto e uma nova vista dos credores à Atenas está prevista para o mês de setembro.

Na saída da reunião de 2 horas do trio de credores com os ministros das Finanças, Yannis Stournaras, e do Emprego, Yannis Vroutsis, o representante do FMI, Poul Thomsen, confirmou aos jornalistas que “progressos” foram registrados durante as discussões.

Uma fonte do ministério grego das Finanças esclareceu que apenas “uma parte das economias” havia sido finalizada e o conjunto das medidas será concluído em setembro após reunião do Eurogrupo. Segundo a fonte, o clima da reunião “foi bom”.

Os especialistas da troika, que deixam a Grécia neste domingo após duas semanas de discussões com as autoridades do país, pressionam o governo de coalisão direita-esquerda de adotar novas reduções de despesas públicas, incluindo salários e aposentadorias.

Condição

As medidas são uma condição, segundo os credores, para desbloquear um novo depósito de 31,5 bilhões de euros em setembro, como parte do segundo empréstimo de 130 bilhões de euros oferecidos ao país. O sinal verde para a transferência desta nova parcela de ajuda depende do relatório dos credores sobre o ajuste orçamentário da Grécia previsto para ser publicado em setembro.

Nos próximos dias, o governo deverá elaborar os detalhes das medidas exigidas pela troika e se comprometeu a encaminhar um relatório sobre o programa de ajustes até o final da semana. As discussões com os credores também incluíram questões macroeconômicas, especialmente sobre a recessão que é mais acentuada do que prevista no atual orçamento.

Recentemente, o governo admitiu que a contração na economia grega será de 7% em 2012, bem acima da previsão inicial de 4%. Mergulhada em uma recessão pelo cinco ano consecutivo, Atenas espera uma retomada da economia do país apenas a partir de 2014.

Em entrevista à imprensa grega neste domingo, o ministro das Finanças, Yannis Stournaras afirmou que se as novas medidas de economia não forem adotadas como exige a troika de credores do país, as próximas semanas serão cruciais para decidir se a Grécia vai se manter na zona do euro.

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, deve se reunir nesta segunda e terça-feira com os representantes da coalizão governamental para discutir as novas medidas de economia do governo.
 

 

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