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França/ comércio

Sindicatos se mobilizam contra fechamento de loja de discos Virgin

Os representantes dos funcionários e a direção da loja de livros e discos Virgin Megastore se reuniram hoje para discutir o projeto pedido de falência apresentado pela direção da empresa na semana passada. Na sexta-feira, os empregados do estabelecimento realizaram uma manifestação em frente à loja da avenida Champs Elysées para protestar contra o provável fechamento da revendedora, causado pela concorrência com a internet.

No sábado, funcionários da Virgin protestaram contra o fechamento da rede de lojas.
No sábado, funcionários da Virgin protestaram contra o fechamento da rede de lojas. AFP/ LIONEL BONAVENTURE
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Mais mobilizações estão previstas para esta quarta-feira. Amanhã, vai ocorrer uma nova reunião, com a presença de um representante do acionista majoritário, Butler Capital Partners, que detém 74% do capital da Virgin. No encontro, os sindicatos vão apresentar uma proposta para a empresa sair da crise. O grupo emprega 1.000 funcionários na França – metade do número de empregados há 10 anos.

Na reunião de hoje, a direção da Virgin detalhou a sua proposta de falência. “Nós estamos absolutamente determinados a encontrar uma solução para os 1.000 funcionários da Virgin”, declarou o líder do sindicato CGT, Guy Olharan.

Os sindicalistas argumentam que a investidora francesa Butler, acionista majoritária do grupo desde 2008, é “a principal responsável” pela situação em que as 26 lojas da Virgin se encontram, ao não ter promovido os investimentos necessários para desenvolver a empresa e, principalmente, conseguir concorrer com as vendas pela internet de produtos culturais, em constante alta nos últimos anos.

Nesta tarde, os sindicatos encontraram-se com a ministra da Cultura da França, Aurélie Filippetti, para tratar sobre o futuro do comércio “físico” de CDs e DVDs e da concorrência com grandes sites de comércio destes produtos, como Amazon e Apple. Apenas em 2012, 15% dos consumidores franceses passaram a fazer suas compras culturais pela internet.

O grupo, criado pelo bilionário britânico Richard Branson, já fechou cinco lojas em um ano e meio, período no qual 200 funcionários foram demitidos. Em dezembro, a empresa anunciou que não renovará o aluguel da loja da avenida Champs Elysées, a maior de todas, responsável por 20% do faturamento total no país e que emprega 185 pessoas.

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