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Economia/ previsões

FMI revisa para baixo perspectiva de crescimento mundial e do Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu ligeiramente as previsões de crescimento em 2013 da economia mundial, inclusive o Brasil. Em relatório publicado nesta quarta-feira, o fundo estima que o PIB brasileiro deve crescer 3,5% neste ano e 4% no seguinte, valores 0,4% e 0,1% inferiores aos projetados em outubro. O ano pode ser novamente de recessão na zona do euro.

Pichação em muro de Moita, periferia de Portugal, protesta contra a crise.
Pichação em muro de Moita, periferia de Portugal, protesta contra a crise. REUTERS/Hugo Correia
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O crescimento mundial deve ocorrer de uma maneira “mais gradual” do que o previsto, com aumento de 3,5% do PIB em 2013 e 4,1% em 2014. Mais uma vez, os países emergentes devem ser a locomotiva desta retomada da atividade econômica. Entre os membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil vai registrar a segunda menor taxa de crescimento, à frente apenas dos sul-africanos (2,7% em 2013).

Sem surpresa, a economia chinesa é a que vai ter melhor desempenho, com alta de 8,2% do PIB neste ano, conforme a revisão das perspectivas econômicas do FMI. A Índia crescerá 5,9% no período. “A falta de vigor na atividade econômica nos países avançados vai pesar na demanda externa”, adverte o relatório.

O estudo explica que a revisão para baixo dos dados publicados em outubro se deve a novas “fraquezas” da zona do euro, que se dirige para um segundo ano consecutivo de recessão. ”A zona do euro continua representando um risco considerável nas perspectivas da economia mundial”, afirma o fundo. “A atividade econômica na periferia da zona do euro foi ainda mais afetada do que o previsto, com sinais de recaída demarcados” nos países que mais sofrem com a crise.

Por causa disso, a instituição revisou os seus cálculos: previa um tímido retorno do crescimento neste ano (0,2%) na zona do euro, mas agora estima que o bloco vai registrar mais um ano de recessão (-0,2%). Três países europeus recebem atualmente ajuda financeira do FMI e da União Europeia: Irlanda, Portugal e Grécia.

Segundo o relatório, as “incertezas” permanecem e “uma estagnação prolongada” não está afastada. A França, por sua vez, também teve revisada para baixo a sua previsão de crescimento, de 0,4% para 0,3% em 2013, assim como a Alemanha, que ao invés de 0,9%, deve crescer 0,6%.
 

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