Banco Commerzbank anuncia plano para demitir até 6 mil

O segundo maior banco da Alemanha, Commerzbank anunciou nesta quinta-feira um plano de economias que prevê cortes entre 4 mil e 6 mil trabalhadores até 2016, o que representa um total de 12% de seu efetivo. O plano revela as dificuldades enfrentadas pelo sistema bancário na Alemanha e também na Europa.

O banco alemão Commerzbank vai cortar entre quatro e seis mil empregos até 2016 REUTERS/Alex Domanski/Files

“Nós devemos nos adaptar a uma nova situação, já havia dito em novembro o presidente da empresa, Martin Blessing, durante anúncio de uma nova estratégia para tornar o grupo mais competitivo e rentável. Segundo ele, cortes de pessoal era inevitável.

O Commerzbank, assim como o conjunto do setor bancário, sofre com a recessão na zona do euro, da desconfiança dos clientes em relação a alguns de seus produtos bancários e também de regras mais rígidas para o sistema financeiro. O contexto leva uma redução da oferta de créditos e o abandono de muitas atividades de risco mas lucrativas.

Commerzbank já havia renunciado a operar em diversos segmentos muito dependentes da evolução da conjuntura econômica como o setor imobiliário comercial e marítimo. O custo operacional de uma rede de 1.200 agências na Alemanha é muito elevado apesar dos cortes de 9 mil pessoas no ano passado devido à fusão com o grupo Dresdner Bank .

Diante da imagem de um banco ultrapassado e burocrático, pouco adaptado ao ritmo de seus clientes e com pouca oferta de produtos na internet, o grupo decidiu investir até 2016 cerca de 2 bilhões de euros para modernizar suas operações. O objetivo é aumentar para 50% as atividades on line do banco contra cerca de 30% atualmente.

A Deutsche Bank também anunciou que até 2015 irá realizar economias de 4,5 bilhões de euros através da racionalização dos custos de pessoal. O principal departamento do grupo, o de investimentos, anunciou um plano para demitir 1.900 funcionários.

Reunidos atualmente em Davos, no Forum Econômico Mundial, os banqueiros demonstram preocupação com o futuro do setor bancário. Eles reclamam de regras e imposições jurídicas mais complexas e pedem uma simplificação do sistema.