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Rússia/ economia

Economia russa está "estagnada", segundo ministro

O ministro russo do Desenvolvimento Econômico, Alexei Ulyukaev, disse hoje que o país entrou em um período de “estagnação” econômica, mas não de recessão. Ele se pronunciou após a divulgação de que a economia do país deve crescer 2,4%, e não 3,6%, como previsto inicialmente.

Alexei Ulyukaev assumiu as funções em junho.
Alexei Ulyukaev assumiu as funções em junho. France 24
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"Não há recessão. E não haverá”, declarou o ministro. “Uma estagnação é, provavelmente, o termo mais adequado", afirmou o ministro em uma entrevista ao diário Kommersant, a primeira concedida desde sua nomeação, em junho.

O ministro classificou os números do crescimento econômico na Rússia como “muito baixos”. Segundo a previsão inicial, a economia russa em 2013 deveria crescer 3,6%, mas já em abril essa meta foi revista para 2,4% - meta reafirmada hoje. Na época, o então ministro da pasta, Andrei Belousov – que atualmente é conselheiro econômico do Kremlin – alertava para risco de o crescimento cair para 1,7% e o país entrar em recessão até final deste ano, se um pacote para relançar a economia não for lançado. A economia russa vem desacelerando continuamente desde 2011.

“Este risco existe, mas o trabalho da política econômica é de levar este risco em consideração. Espero que nós possamos trazer respostas”, declarou hoje Ulyukaev.

O PIB russo cresceu 1,6% no primeiro trimestre e 1,2% no segundo trimestre, em relação aos mesmos períodos do ano passado, de acordo com dados do Instituto Federal Rosstat, divulgados na sexta-feira. Este é o crescimento mais fraco do país desde a recessão de 2008-2009. O governo prevê uma retomada de 1,9% no trimestre atual.

Ulyukaev disse hoje que “não vê razões para rever esta previsão”. “Muitos fatores nos permitem dizer que os resultados serão melhores graças à produção industrial”, explicou.

Economistas da consultoria Capital Economics consideram as estatísticas do segundo trimestre “coerentes com uma entrada da economia em recessão ao longo do primeiro trimestre”. Os analistas avaliam que a crise na zona do euro é a principal causa do desaquecimento russo, já que a maior parte dos parceiros comerciais do país é formada por europeus.
 

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