Obama pressiona Congresso para sair do impasse sobre orçamento
O presidente norte-americano pediu novamente nessa terça-feira, 8 de outubro, que os adversários republicanos aprovem o orçamento e o aumento do teto da dívida do país. Barack Obama teme que o impasse tenha impacto na imagem dos Estados Unidos diante do mercado financeiro internacional.O FMI já alertou para o risco de novas crises.
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Uma semana após o início da paralisia parcial do país, o presidente norte-americano continua tentando convencer seus adversários republicanos a mudar de posição. Barack Obama se disse disposto a negociar as despesas do Estado, mas antes disso o orçamento público teria que ser aprovado. Outra urgência, lembrou o chefe de Estado, é o aumento do teto da dívida, que deve ser votado até 17 de outubro. Caso contrário, o país corre o risco de decretar moratória.
“Cada vez que nós fazemos essas coisas, nossa reputação sofre. Nós damos a impressão de não sabermos para onde estamos indo”, declarou Obama, ressaltando as consequências do impasse na imagem dos Estados Unidos. Segundo o presidente, a situação atual do país deixa os dirigentes estrangeiros “nervosos”.
O discurso também serviu para tentar tranquilizar a comunidade internacional. “Os Estados Unidos sempre pagaram suas contas e continuarão a fazê-lo” disse Obama.
FMI teme nova crise
As declarações são feitas no mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga projeções preocupantes sobre a situação da economia mundial. Segundo a instituição, as “incertezas” orçamentárias e financeiras nos Estados Unidos podem contribuir para frear a retomada do dinamismo econômico pós-crise. Para o fundo, “os riscos de degradação persistem”.
Além do impasse norte-americano, o FMI também aponta a desaceleração das economias emergentes como responsáveis por esse risco de “novas crises”. Na região da América Latina e Caribe, por exemplo, as previsões de crescimento foram revistas para baixo, passando de 3% a 2,7% esse ano e de 3,4% a 3,1% no ano que vem. No caso do Brasil, o fundo prevê um crescimento estável, na casa dos 2,5 % em 2013 e em 2014.
Em termos globais, o fundo também rebaixou suas estimativas, e aposta em uma progressão do PIB mundial de 2,9% esse ano e de 3,6 em 2014, o que representa respectivamente 0,3% e 0,2% menos que o previsto em julho passado.
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