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Ucrânia/Rússia

Rússia ameaça aumentar impostos sobre importações da Ucrânia

A Rússia vai aumentar suas taxas alfandegárias sobre as importações provenientes da Ucrânia caso Kiev se aproxime da União Europeia. A ameaça foi feita pelo ministro russo da Economia em uma entrevista publicada nesta segunda-feira (24) na Alemanha.

Pressionado por Vladimir Putin (dir.), o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovitch se recusou a assinar o acordo comercial com a União Europeia, provocando a crise política que causou sua prórpia queda.
Pressionado por Vladimir Putin (dir.), o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovitch se recusou a assinar o acordo comercial com a União Europeia, provocando a crise política que causou sua prórpia queda. REUTERS/Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin
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"Nós avisamos a Ucrânia: é claro que vocês têm o direito de escolher o seu caminho", declarou Alexei Uliukaev nas páginas do jornal de economia Handelsblatt, falando sobre o acordo de parceria que Kiev pode assinar com Bruxelas. "Mas nesse caso nós seremos obrigados a aumentar os impostos sobre a importação".

Ele justifica a medida pelo temor de que a Ucrânia se torne uma porta de entrada para os produtos europeus, que segundo ele invadiriam o mercado interno russo.

Moscou é contrária a uma possível aproximação entre a Ucrânia e a União Europeia. Mas essa aproximação é desejada por uma parte da população ucraniana e pelos novos dirigentes do país, após a destituição sábado (22) do presidente Viktor Yanukovich.

Incompatibilidade

O país não pode continuar sendo um grande parceiro de Moscou e ao mesmo tempo assinar um acordo comercial com a União Europeia, na opinião de Uliukaev: "um não é compatível com o outro", escreveu ele.

O ministro russo também lamenta o impacto negativo que a crise política da Ucrânia tem na economia de seu país. "Muitos fundos de investimentos retiram seu dinheiro da Ucrânia, e a maioria deles retiram também da Rússia logo depois", diz ele, considerado "claro" que a Ucrânia vai enfrentar "uma recessão".

A recusa de Viktor Yanukovitch em assinar um acordo de associação com a União Europeia, sob a pressão de Moscou, que desejava defender a união alfandegária com a Rússia, o Belarus e o Cazaquistão, foi o estopim da crise política e levou à queda do presidente.

O porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, enfatizou nesta segunda-feira que a União Europeia continua disposta a concluir um acordo de parceria com a Ucrânia. "A porta permanece aberta", disse ele.

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