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Portugal/ economia

Um em cada cinco portugueses vive abaixo da linha da pobreza

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de Portugal divulgou uma pesquisa que demonstra a que ponto o país sofre com os efeitos da crise econômica. Quase um português a cada cinco vive com uma renda anual inferior a 4.904 euros (15.722 reais), considerada a linha da pobreza.

Trabalhadores se lavando em uma fonte no bairro de Alfama, em Lisboa, Portugal.
Trabalhadores se lavando em uma fonte no bairro de Alfama, em Lisboa, Portugal. REUTERS/Rafael Marchante
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Por causa da crise, o índice de pobreza aumentou para 18,7% da população em 2012 no país, contra 17,9% em 2009. Segundo o INE, essa é “a mais alta taxa desde 2005”.

A situação fica ainda mais delicada se são desconsiderados os auxílios financeiros concedidos pelo governo, como auxílio-desemprego, ajuda para a moradia ou para famílias grandes. Nesse caso, o índice chega a 46,9% dos portugueses que vivem em situação de pobreza. O estudo explica que o problema atinge principalmente as famílias com pelo menos três filhos, os jovens com menos de 18 anos e os desempregados.

Ao mesmo tempo, as desigualdades sociais também cresceram no país. Os 10% mais ricos da população ganham 10,7 vezes mais do que os 10% mais pobres. Em 2009, a proporção era de 9,2 vezes.

Além disso, 10,9% da população portuguesa sofria, em 2013, com a falta de algum bem material importante, como carro, máquina de lavar roupas ou televisão, devido à falta de recursos financeiros.

Plano de ajuda

Em troca de uma ajuda financeira de 78 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, Lisboa adotou rígidas medidas de austeridade econômica, desde 2010. O plano, entretanto, provocou a alta do desemprego e cortes significativos nos salários, aposentadorias e ajudas sociais, o que teve um impacto direto no poder aquisitivo dos portugueses.

No segundo trimestre de 2013, a economia do país recomeçou a crescer, colocando fim a dois anos e meio de recessão. No último trimestre do ano passado, o consumo voltou a ter alta, pela primeira vez desde o final de 2010.
 

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