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Economia/Europa

PIB da zona do euro cresce apenas 0,2% no primeiro trimestre

As taxas de crescimento no primeiro trimestre na zona do euro decepcionam. O PIB do bloco cresceu apenas 0,2% entre janeiro e março, enquanto a expectativa era de um aumento de 0,4%. A economia francesa, a segunda maior do bloco, teve crescimento nulo no período.

O crescimento da zona do euro começou fraco em 2014.
O crescimento da zona do euro começou fraco em 2014. REUTERS/Ralph Orlowski
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O ministro da Economia francês, Michel Sapin, não viu problemas nesse desempenho modesto. "Não é nada grave", afirmou Sapin, estimando que o "pacto de responsabilidade", medida adotada pelo governo francês para reduzir os encargos para as empresas, ainda não surtiu efeito.

O PIB da Itália (-0,1%), Portugal (-0,7%) e Holanda (-1,4%) foram negativos nos três primeiros meses de 2014. A Finlândia entrou em recessão no primeiro trimestre do ano após registrar um segundo trimestre consecutivo de queda no PIB, com um recuo de 0,4% nos três primeiros meses, mesmo índice do último trimestre de 2013.

A Alemanha, mais uma vez, está na contra-mão dos seus parceiros e foi o único país a registrar um bom desempenho com o crescimento de 0,8% do PIB no período, o melhor desempenho trimestral dos últimos 3 anos.

Economistas preocupados com a fragilidade do bloco

Os dados demonstram claramente que a retomada econômica da zona do euro continua muito frágil. A Eurostat, agência europeia de estatísticas, não revelou os detalhes da composição do PIB, mas expôs os dados decepcionantes sobre o consumo, particularmente na França, e números do comércio exterior, que exerceram grande influência, incluindo os da Alemanha.

O desempenho comercial externo que durante anos estimulou o crescimento alemão, atuou desta vez como um freio nos três primeiros meses do ano. Analistas financeiros não escondem a decepção com as estatísticas divulgadas nesta quinta-feira porque "sugerem que a zona do euro ainda está mundo longe de adquirir o ritmo necessária para uma retomada durável de sua economia".

Riscos de deflação

A Eurostat publicou também nesta quinta-feira (15) dados sobre a inflação no mês de abril na zona do euro que ficou em 0,7%, ou seja, bem abaixo do objetivo fixado pelo Banco Central Europeu de manter um índice de inflação um pouco maior, mas inferior a 2%. Especialistas afirmam que para manter a rota de crescimento e lutar contra as pressões deflacionistas, uma alta do euro deverá ser evitada.

Na semana passada, o Banco Central Europeu se mostrou muito preocupado com uma valorização da moeda única e sugeriu que poderá intervir nas próximas semanas, se julgar necessário. Em um período de inflação baixa prolongada, a cotação do euro representa uma "séria preocupação" para o BCE, declarou o presidente da instituição, Mario Draghi, durante uma reunião de política monetária na quinta-feira.
 

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