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Bangladesh/ Copa

Copa faz Bangladesh bater recorde de exportações de camisetas

A Copa do Mundo 2014 ajudou Bangladesh a bater um recorde de fabricação de vestuário. Apesar de uma série de acidentes que chamaram atenção para os problemas de segurança de trabalho na indústria têxtil do país, as empresas bengalesas receberam pelo menos 500 milhões de dólares (1,1 bilhão de reais) em encomendas de camisetas das equipes de futebol que vão disputar o Mundial.

Ambulantes da 25 de março, em São Paulo, oferecem uma gama variada de camisas da seleção para a Copa do Mundo.
Ambulantes da 25 de março, em São Paulo, oferecem uma gama variada de camisas da seleção para a Copa do Mundo. Reprodução Youtube
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A Associação dos Fabricantes e Exportadores de Artigos Têxteis de Bangladesh (BKMEA, em bengali), que reúne cerca de 1.000 indústrias de camisetas, afirmou nesta segunda-feira (2) que as exportações deste ano aumentaram 14%. A produção de vestuário ligado à Copa do Mundo é responsável pela alta, conforme a entidade.

“Cerca de 100 fábricas tiveram encomendas de camisetas de futebol para os torcedores da Copa do mundo. Ainda não temos números exatos sobre essas exportações, mas elas devem representar entre 500 milhões (1,1 bilhão de reais) e 1 bilhão de dólares (2,2 bilhões de reais)”, disse o presidente da BKMEA, Mohammad Hatem.

Graças às encomendas, a receita da venda de camisetas para o exterior vai bater o recorde de 25 bilhões de dólares (56 bilhões de reais) no primeiro semestre, um aumento de 3 bilhões de dólares em relação ao mesmo período do ano passado. “Uma grande parte do crescimento vêm dos produtos para a Copa do Mundo”, explicou o dirigente.

País fabrica para quase todas as equipes

As indústrias do país são fornecedoras para marcas como Puma e Adidas e confeccionam quase todas as camisetas oficiais das 32 equipes que disputarão o Mundial. Devido ao baixo custo de produção, Bangladesh é o segundo maior produtor mundial de roupas, atrás da China.

A indústria têxtil é a principal atividade econômica do país e responde por 80% das receitas de exportação, além de empregar 4 milhões de pessoas. Mas as instalações precárias das fábricas levaram várias marcas a questionar ou acabar com a produção em Bangladesh. Em abril de 2013, pelo menos 1.138 pessoas morreram na queda do prédio Rana Plaza, onde diversas fábricas estavam instaladas.

 

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