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Bolsas

Crise política na Grécia derruba bolsas pelo mundo

As especulações sobre a saída da Grécia da zona do euro e a tensão política no país derrubam as bolsas de valores mundiais. Nos mercados asiáticos, a bolsa de Tóquio é a mais afetada pelo nervosismo dos investidores. O índice Nikkei fechou nesta terça-feira (6) em baixa de 3%. Sydney, Seul e Hong Kong também fecharam no vermelho.

A bolsa coreana, nesta terça-feira (6), reflete o nervosismo dos mercados .
A bolsa coreana, nesta terça-feira (6), reflete o nervosismo dos mercados . REUTERS/Kim Hong-Ji
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Na Europa, Paris abriu em leve alta, mas após alguns minutos, o pregão já registrava uma queda de 0,64%. As incertezas também predominam em outras bolsas no continente. Em Atenas, epicentro do nervosismo nos mercados, a Bolsa está fechada por causa de um feriado.

O mal-estar nas bolsas foi provocado pela declaração da chanceler alemã, Angela Merkel, de que a Grécia, se quiser, poderá sair da zona do euro. A declaração de Merkel foi interpretada como mais uma chantagem contra os gregos.

A Comissão Europeia adverte que a saída da Grécia da zona do euro não é juridicamente viável. Pelos tratados europeus, um país pode sair da União Europeia, mas nada está previsto em relação à união monetária. É difícil imaginar que os europeus aprovem, na urgência, reformas em seus tratados unicamente para permitir a saída da Grécia da zona do euro.

Partido de extrema-esquerda deve ganhar legislativas gregas

A provável vitória do partido grego de esquerda radical Syriza, nas eleições de 25 de janeiro, gera grande desconfiança entre os investidores. O Syriza é contra o programa de austeridade e quer renegociar o pagamento da dívida grega.

Em entrevista à rádio francesa Europe 1, Jean-Claude Trichet, ex presidente do Banco Central Europeu, tentou minimizar a situação grega. “Temos um novo problema na Grécia. Esse problema é grave, muito grave, mas não é dramático”, ponderou.

Euro em queda

Além das Bolsas, a crise política grega também afeta a cotação da moeda única europeia. Ontem, um euro estava cotado a US$ 1,20 dólar e chegou a cair para US$ 1,18, o nível mais baixo desde março de 2006. Desde dezembro, o euro já perdeu 4,8% ante o dólar. Em todo o ano de 2014, a moeda europeia caiu 12%.

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