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Europa/ Rússia

UE anuncia intenção de aumentar sanções contra a Rússia

Os ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia aprovaram nesta segunda-feira (9) o aumento da lista de personalidades russas e ucranianas alvo de sanções, em represália à atuação de Moscou no conflito na Ucrânia. Os chanceleres, entretanto, concordaram em adiar a aplicação da medida para o dia 16 de fevereiro, para dar mais chances de sucesso às negociações de paz em curso.

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, diz que, por enquanto, a adoção de novas sanções contra a Rússia será adiada.
O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, diz que, por enquanto, a adoção de novas sanções contra a Rússia será adiada. REUTERS/Francois Lenoir
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As sanções resultarão em proibições de vistos e no congelamento de bens de mais separatistas ucranianos e cidadãos russos. As medidas só serão implementadas na próxima semana, de acordo com o chanceler francês, Laurent Fabius.

"O princípio destas sanções permanece, mas a implementação vai depender dos resultados em campo", disse Fabius. "Veremos na segunda-feira, depois do encontro em Minsk", afirmou, referindo-se à reunião prevista para acontecer nesta quarta-feira (11) em Belarus. A cúpula vai unir à mesa de negociações os líderes ucraniano, russo, francês e alemã, para falar sobre uma solução para o conflito no leste da Ucrânia, que já dura 10 meses.

"A última iniciativa de paz mostra que as coisas começaram a se mexer", declarou Fabius.

Perdas milionárias para a UE

As represálias econômicas não afetam apenas os russos. O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García Margallo, declarou que a União Europeia já perdeu € 21 bilhões em exportações desde o início da aplicação das sanções contra a Rússia.

“A Espanha foi muito afetada em exportações agrícolas e no turismo", disse García Margallo. Para o chefe da diplomacia espanhola, a reunião de Minsk (Belarus) é a "última oportunidade" antes de "aumentar as sanções, com um custo severo para todos".

A aplicação de medidas restritivas da UE contra autoridades russas e ucranianas devido à "desestabilização" na Ucrânia começou em março do ano passado. Depois da queda de um avião da Malaysia Airlines na Ucrânia, o bloco ampliou as sanções contra vários setores econômicos russos.

As represálias incluem um bloqueio ao mercado de capitais europeu para os bancos públicos russos, um embargo à compra de armamento e a restrição de exportações para a Rússia de tecnologias com uso duplo (civil e militar), incluindo as tecnologias no setor de energia.
 

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