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Grécia/Zona do Euro

Grécia pede extensão por 6 meses de plano de ajuda europeia

O governo da Grécia pediu oficialmente nesta quinta-feira (19) à Comissão Europeia uma extensão por seis meses do plano de ajuda financeira do bloco a Atenas. A zona do euro se reúne amanhã para debater a proposta, mas a Alemanha já informou que ela não representa “uma solução substancial” e nem “responde aos critérios” fixados pelo bloco.

Yanis Varoufakis (e), ministro das Finanças grego, e o premiê Alexis Tsipras (d), no Parlamento de Atenas, em 18 de fevereiro de 2015.
Yanis Varoufakis (e), ministro das Finanças grego, e o premiê Alexis Tsipras (d), no Parlamento de Atenas, em 18 de fevereiro de 2015. REUTERS/Alkis Konstantinidis
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A posição alemã foi antecipada em comunicado pelo porta-voz do ministro das Finanças, Martin Jäger. A Alemanha insiste que a ajuda financeira à Grécia é indissociável ao plano de reformas iniciado no país e ao pagamento dos credores.

Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, acha que o pedido de extensão de sua linha de crédito feito pelo governo grego é um “sinal positivo” que “abre caminho para um compromisso razoável” para a estabilidade do bloco.

Os ministros das Finanças do Eurogrupo vão se reunir nesta sexta-feira (20) para debater a proposta. Um acordo com os 19 integrantes do bloco é necessário para prolongar em seis meses a ajuda financeira que a Grécia recebe desde 2012. A atual linha de crédito ao país vence no dia 28 de fevereiro.

Não à austeridade

Os dirigentes gregos travam uma guerra semântica com Bruxelas: estão interessados no plano de apoio financeiro da zona do euro, mas rejeitam a continuidade do programa de austeridade imposto há quatro anos pelo FMI, Banco Central Europeu e a União Europeia.

O primeiro-ministro Alexis Tsipras não abre mão de adotar medidas de resgate social no país, como o aumento do salário mínimo e a recontratação de funcionários públicos que a extrema-esquerda julga terem sido demitidos de forma abusiva. Com essas medidas, Tsipras passa por cima das regras de austeridade fiscal impostas pelo trio de credores.

Estimando que essa queda de braço entre Atenas e Bruxelas não terá um vencedor, cada vez mais vozes consideram que a Grécia poderá sair da zona do euro. Cabe ao Banco Central Europeu ampliar o apoio aos países credores de Atenas, para evitar as consequências desastrosas de um calote grego.
 

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