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Ciclismo

Ciclistas brasileiros acompanham o Tour de France

Ciclistas amadores brasileiros participaram nos Pireneus de uma prova paralela a uma das maiores competições do ciclismo internacional. Os últimos dias do Tour de France, que acaba neste domingo, garantem fortes emoções e belas paisagens ao público que acompanha cada etapa.

A cada etapa o público local incentiva os corredores.
A cada etapa o público local incentiva os corredores. Reuters
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A etapa desta quinta-feira entre Pau e o alto do Tourmalet, nos Pireneus, a 2.115 metros de altitude, foi uma das mais importantes do Tour de France, ou Volta da França, que começou no dia 3 de julho. Vencer no Tourmalet é um ponto de honra para os corredores e um lugar mítico da história da competição.

A disputa foi acirrada entre o corredor de Luxemburgo, Andy Schleck, e o espanhol Alberto Contador. Schleck venceu esta 17ª etapa, mas Contador continua na liderança da competição.

Mas além da disputa entre os melhores atletas do ciclismo internacional, a Volta da França também tem um outro lado que poucos conhecem, o dos ciclistas amadores. Eles participam de uma etapa paralela à competição, chamada L'Étape, organizada pelo próprio Tour de France, nas mesmas condições dos grandes ciclistas campeões. Este ano o vencedor foi o francês Jean-Christophe Currit.

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L'Étape 2010 teve o mesmo percurso da etapa desta quinta-feira, entre Pau e o alto do Tourmalet. Foram 181 km de suor e encantamento, como testemunha o engenheiro brasileiro Pedro Lorenzo Roncisvalle, que fez parte do grupo de dez mil pessoas inscritas para participar da prova, dos quais cerca de 100 eram brasileiros.

“É emocionante. As paisagens são deslumbrantes. Você se sente como se estivesse fazendo a abertura de uma final de Copa do Mundo, porque as pessoas já estão preparadas para assistir à prova do Tour de France. Passamos por várias cidadezinhas e as pessoas ficam incentivando. Os franceses são maravilhosos. Eles incentivam, gritam o tempo todo, dão uma força incrível. É uma coisa indescritível. Você se sente fazendo a Volta da França. É um esforço inacreditável, nós subimos três morros”, conta o engenheiro, que treinou durante oito meses no Rio de Janeiro para participar da prova.

Dos dez inscritos à L'Étape, somente 300 eram mulheres. Uma delas era a administradora de empresas brasileira Maria Clara Daniel. “O Tour de France não é uma competição para mulheres, são somente homens. E essa prova amadora é aberta ao sexo feminino, mas ela é realmente muito difícil”, explica Maria Clara. “Eu senti muito cansaço, mas o percurso era lindíssimo, em momento algum eu pensei em desistir. É uma sensação de prazer e orgulho indescritível. Quando cheguei lá em cima, comecei a chorar de emoção.”

A Volta da França termina neste domingo, quando os competidores chegarão à avenida Champs-Elysées, em Paris.

 

04:08

A jornalista Leticia Constant entrevista os ciclistas amadores Pedro Lorenzo Roncisvalle e Maria Clara Daniel

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