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Natação/Doping

Cielo admite para jornal francês que ficou "meio paranóico"

O jornal Le Monde que chegou às bancas na tarde desta sexta-feira dedica uma página inteira de seu caderno Esporte & Forma ao nadador César Cielo. O brasileiro afirmou que quer esquecer um ano marcado pelo resultado positivo em um exame antidoping e se preparar para as Olimpíadas de Londres.

O nadador César Cielo se concentra agora no treinamento para as Olimpíadas de Londres; ele participou na semana passada de um campeonato de natação no Rio de Janeiro.
O nadador César Cielo se concentra agora no treinamento para as Olimpíadas de Londres; ele participou na semana passada de um campeonato de natação no Rio de Janeiro. REUTERS
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Na entrevista concedida ao jornal francês em Milão, Cielo admite que ficou "meio paranóico" depois de um controle antidoping em maio deste ano que detectou em seu sangue do diurético furosemida, muito usado para mascarar a presença de substâncias proibidas.

Ele afirmou que parou de tomar o suplemento que causou o resultado positivo e que faz muita atenção a tudo o que consome. "Não quero mais correr o menor risco, isso destroi os nervos. As vezes me pergunto se não há algo estranho na água que eu bebo. Tudo isso me deixou meio paranóico e quero evitar ficar louco."

O nadador insiste, no entanto, que junto com seu médico havia tomado todas as precauções para evitar o uso de substâncias proibidas: "O que aconteceu foi uma anomalia que não podia ser controlada." Cielo ainda disse não acreditar que exista o doping na natação.

O nadador contou ao jornalista francês Henri Seckel que o campeoato mundial de natação de Xangai, em julho, foi provavelmente "o momento mais duro" da sua vida. Ele diz que antes da competição perdeu peso e não conseguia mais dormir, e que foi um "alívio" bater o recorde mundial dos 50 metros no nado borboleta. "Nunca fiquei tão orgulhoso em toda a minha carreira, nem nas Olimpíadas de Pequim."

César Cielo explica que agora seus planos são treinar ao máximo para estar "na melhor forma da sua vida" nos Jogos Olímpicos de Londres, em julho de 2012.

 

 

 

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