PSG e Nike são julgados por sonegação e caixa dois
O Paris Saint-Germain, dois de seus antigos presidentes, a fornecedora de equipamento esportivo Nike e vários empresários de jogadores de futebol serão julgados em segunda instância a partir desta quarta-feira, em Paris. Eles são suspeitos de formar um caixa dois em contas no exterior e sonegar impostos na França para conseguir acompanhar o boom salarial que acometeu o mercado da bola depois da Copa do Mundo de 1998.
Publicado a:
Entre 2000 e 2005, os presidentes do clube parisiense Laurent Perpère e Francis Graille teriam coordenado um sistema fraudulento de complementos salarias a partir de contas no exterior. O esquema operava basicamente de duas formas: ou as vendas eram superfaturadas ou as comissões exageradas aos empresários, que repassavam parte do dinheiro por meio de contas offshore.
Além de escapar ao fisco, o sistema permitia que o PSG entrasse na concorrência com grandes clubes da Europa pelas estrelas internacionais do futebol. Na primeira instância do processo, iniciado em 2010, o antigo diretor financeiro do clube Pierre Frelot confirmou a existência do esquema, que teria começado sob a gestão Perpère, entre 1998 e 2003. Mas os crimes anteriores a 2000 prescreveram.
Entre os jogadores que teriam se beneficiado dos salários irregulares, estariam o nigeriano Okocha, o argentino Heinze, o francês Anelka e o português Pauleta. O único brasileiro da lista é Ronaldinho Gaúcho.
Nike
A Nike da França é acusada de usar contratos de direitos de imagem fictícios como disfarce para repasses salariais no exterior. A fornecedora reaveria este dinheiro aplicando multas de fachadas ao clube pelo não-cumprimento destes contratos. O advogado da empresa garante que estes contratos eram reais e que as multas, justificadas, "porque alguns jogadores não usavam as chuteiras" da marca.
O processo deve correr até o dia 26 de outubro.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro