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Ciclismo/Doping

União Ciclística elogia decisão de Lance Armstrong de confessar doping

A União Ciclista Internacional (UCI) elogiou nesta sexta-feira a decisão do americano lance Armstrong de revelar o uso de doping durante sua carreira, marcada pela conquista da Volta da França por sete vezes consecutiva. Durante entrevista nos Estados Unidos, o ex-corredor descartou as suspeitas de que houve cumplicidade por parte da entida máxima do ciclismo.

Lance Armstrong durante entrevista para Oprah Winfrey, no dia 14 de janeiro de 2013.
Lance Armstrong durante entrevista para Oprah Winfrey, no dia 14 de janeiro de 2013. REUTERS/Harpo Studios, Inc/George Burns/Handout
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A União Ciclística Internacional mostrou muita satisfação com o fato de que durante a entrevista, Armstrong tenha negou que a instituição teria acobertado um controle positivo do texano durante a Volta da Suíça, em 2001.

“A UCI acolhe favoravelmente a decisão tomada por Lance Armstrong de ter finalmente dito a verdade e ter confessado o uso de substâncias proibidas”, afirma o comunicado publicado pela entidade máxima do ciclismo.

No dia 22 de outubro do ano passado, baseada em um relatório da Agência americana anti-doping, (Usada, na sigla em inglês), a União Ciclística Internacional suspendeu o texano para sempre e anulou todos os seus resultados registrados a partir de 1998, especialmente aos 7 títulos de campeão da Volta da França.

Na época, o presidente da UCI, Pat McQuaid disse que Armstrong não tinha mais nada a ver com o ciclismo. Mas sexta-feira, horas depois da divulgação da entrevista concedida por Armstrong ao programa de televisão da apresentora Oprah Winfrey, o presidente da UCI reagiu a uma das declarações feitas pelo ex-atleta.

"Nós percebemos que Lance Armstrong expressou o desejo de participar de uma comissão de verdade e reconciliação, ao qual seríamos favoráveis”, diz Pat McQuaid.

No momento, esta comissão não existe e a UCI não tem o poder de criá-la mas a intenção seria dar uma oportunidade para os esportistas confessarem o uso de doping em troca de uma anistia parcial.

"Se tivesse uma comissão da verdade e de reconciliação e não é meu papel de pedí-la, e se fosse convocado, seria o primeiro a me apresentar”, disse Armstrong durante a entrevista ao canal de tevê americano.

Além desse aspecto particular, o presidente da UCI ressaltou que a iniciativa de Lance Armstrong foi uma mensagem positiva enviada ao ciclismo. “Sua decisão, enfim, de se confrontar com seu passado é um passo importante para um longo caminho que será o de reparar os estragos causados ao ciclismo e a restaurar a confiança neste esporte”, afirmou.

 

 

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