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França/futebol

Só milagre fará França se classificar para Copa de 2014, diz imprensa

Um dia após a derrota de 2 a 0 da França para a Ucrânia na noite desta sexta-feira, em Kiev, a imprensa francesa considera que só um milagre fará com que os “Bleus” carimbem seu passaporte para o Brasil. Apesar da situação delicada, os jogadores franceses acreditam que possam reverter a situação na terça-feira, quando receberão no Stade de France os ucranianos no jogo decisivo para a vaga.

Franck Ribéry foi muito marcado pelos zagueiros ucranianos no primeiro jogo da repescagem entre França e Ucrânia.
Franck Ribéry foi muito marcado pelos zagueiros ucranianos no primeiro jogo da repescagem entre França e Ucrânia. Foto: Reuters
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“Sinal de Alerta”, afirma o mais importante jornal esportivo da France, o L’Equipe, diante do drama em que se transformou para a França a classificação para a Copa de 2014. Vai ser preciso um milagre para que os franceses possam ir ao Brasil depois da triste derrota contra a Ucrânia, escreve o diário em sua manchete, ilustrada com os jogadores Eric Abidal, com as mãos na cabeça e Franck Ribéry, com a expressão abatida, saindo do gramado ao final do jogo enquanto a seleção da Ucrânia comemora o resultado.

A atuação do time foi medíocre e os jogadores inofensivos no ataque e frágeis na defesa, afirma o L’Équipe criticando duramente a seleção por não ter estado à altura de uma partida tão importante. Preparar a equipe em três dias antes do jogo decisivo no Stade de France será uma tarefa hercúlea na opinião do enviado especial à Kiev, que acompanhou o jogo e não gostou do que viu.

A seleção francesa, pelo menos ontem à noite, não deu sinais de que vai superar tão facilmente uma equipe ucraniana que jogou com muita garra e venceu todos os duelos contra os franceses. O treinador Didier Deschamps também é criticado pelas escolhas que fez, como a titularidade de Nasri

O resultado de 2 a 0 é tão difícil a reverter que, segundo o jornal esportivo, no mês de junho do ano que vem os jogadores poderão estar em férias mas não em praias brasileiras. Será que ainda dá para sonhar em marcar pelo menos dois gols em uma equipe que não leval gol há 8 jogos ?, questiona o jornal.

Evidentemente que sim, é a resposta, mas para isso é fazer uma mudanças na equipe para torná-la mais ofensiva e ser também mais arrojada. Caso contrário, o inverno vai ser longo para a seleção francesa e durar dois anos e meio, até a Eurocopa de 2016, prevista no país.

Tristeza

“Triste de chorar”, afirma em manchete o jornal Aujourd’hui en France, que no dia anterior havia pedido à seleção de Didier Deschamps de não deixar os franceses escapar a oportunidade de disputar uma Copa no país do futebol.

Agora, será preciso um “milagre”, avalia o jornal ao analisar a situação complicada em que ficou a seleção. Restam apenas 90 minutos para superar uma montanha difícil e perigosa para trazer a esperança de volta aos torcedores.

Os “Bleus”, como são chamados os jogadores da França, foram derrotados logicamente por uma equipe que mostrou o que saber fazer: ser sólida e jogar coletivamente. O espetáculo oferecido pelos franceses foi desolador, nada de bom foi feito individualmente ou coletivamente, na análise do Aujourd’hui en France.

Os jornais também lembram que até hoje, nenhuma equipe que sofreu 2 gols no jogo de ida de uma repescagem para uma Copa conseguir reverter a situação.

Distante

O Brasil ficou longe para a França, escreve o jornal Le Figaro ao avaliar as chances da seleção de se classificar para o Mundial do ano que vem. Um desastre a mais na lista das decepções que a França tem oferecido a seus torcedores nos últimos anos, afirma o diário conservador. Ao analisar o que os jogadores mostraram ontem à noite em Kiev, eles não merecem disputar a próxima Copa, afirma.

A missão de vencer a Ucrânia no mínimo pelo mesmo placar na terça-feira no Stade de France se tornou quase impossível, segundo o jornal, que alerta para uma nova eliminação da equipe para a competição máxima do futebol depois de quase 20 anos, quando não se classificou para o Mundial de 94, nos Estados Unidos.

Diferentemente do L’Equipe, o Le Figaro considera que não há motivos para acreditar numa ampla vitória contra a Ucrânia e na classificação. Para isso, só mesmo um milagre. Um verdadeiro, insiste o jornal

 

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