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Copa do Mundo

Duelo entre Alemanha e Argentina encerra Copa do Mundo no Brasil

O dia da final da Copa do Mundo no Brasil chegou - sem os brasileiros, mas com a participação dos rivais argentinos, que vão tentar arrancar a taça da favorita Alemanha. A partida começa às 16h (21h em Paris), no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. O jogo vai ser um duelo entre os craques Lionel Messi, dos alvicelestes, e Miroslav Klose, o maior artilheiro de todas as Copas.

Partida entre Alemanha e Argentina começa às 16h no horário de Brasília.
Partida entre Alemanha e Argentina começa às 16h no horário de Brasília. REUTERS/Stringer
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A última vez que os tricampeões alemães levantaram a taça foi em 1990, quando jogaram em casa, enquanto os argentinos conquistaram o último dos seus dois títulos em 1986 no México, onde contaram com grande atuações do eterno ídolo Maradona.

A “Mannschaft” conquistou o último grande troféu em 1996, na Eurocopa, e espera agora poder costurar a quarta estrela na camisa, após os títulos de 1954, 1974 e 1990. No Rio, a Alemanha disputará sua oitava final de Copa do Mundo.

Já a Argentina está na seca de títulos desde a Copa América de 1993. A primeira taça do Mundial veio em casa, em 1978.

O confronto deste domingo marcará a terceira vez que Alemanha e Argentina decidem uma Copa do Mundo e servirá de desempate: em 1986, a alviceleste levou a melhor (3-2), enquanto os europeus foram os vencedores em 1990 (1-0).

Mundial emocionante

Esta grande final fechará com chave de ouro um torneio emocionante e surpreendente. Começou com a eliminação prematura da Espanha, goleada na estreia pela Holanda (5-1), viu a classificação para as quartas de final da “zebra” Costa Rica, que garantiu o primeiro lugar no "grupo da morte" ao vencer as campeãs mundiais Uruguai (3-1) e Itália (1-0). Culminou no “Mineiraço”, a humilhante derrota por 7-1 do Brasil de Felipão para a sólida Alemanha, nas semifinais, em Belo Horizonte.

Graças à grande vitória sobre a seleção anfitriã, os alemães chegam a final confiantes e com o favoritismo ao seu lado, após 12 anos indo longe em todas as competições, mas sempre morrendo na praia (vice no Mundial-2002, 3º no Mundial-2006, vice na Eurocopa-2008, 3º no Mundial-2010, semifinalista na Euro-2012).

Trunfos alemães

A Alemanha parece madura e pronta para dar o passo decisivo rumo à glória. A equipe conta com um técnico estrategista, Joachim Löw, que armou um meio de campo comandado por Schweinsteiger, Khedira e Kroos, capazes de sufocar os adversários.

No ataque, a “Mannschaft” conta com dois goleadores, o jovem craque Thomas Müller (5 gols em 6 jogos) e o veterano Miroslav Klose, que superou Ronaldo Fenômeno como o maior artilheiro de todas as Copas, com 16 gols. No banco, não faltam peças de reposição para Löw, com o jovem habilidoso Mario Götze e o decisivo Andre Schurrle, autor de três gols neste Mundial.

Na estreia, a Alemanha mostrou sua força goleando Portugal por 4 a 0, mas também penou para empatar com Gana (2-2) e vencer os Estados Unidos (1-0) e a Argélia (2-1 na prorrogação). Mesmo assim, continua invicta.

Vitórias magras argentinas

A Argentina de Alejandro Sabella também não perdeu na competição, mas não conseguiu nenhuma vitória por mais de um gol de diferença, contando muitas vezes com gols nos últimos minutos das partidas para sair vencedora. Nas semifinais, garantiu a vaga na decisão vencendo a Holanda na disputa de pênaltis, após empatar em 0 a 0 com a Holanda no tempo regulamentar e prorrogação.

Apesar de contar com enorme poderio ofensivo - com jogadores como Lavezzi, Di María, Aguero, Higuaín e Messi -, foi a antes criticada defesa argentina que colocou a alviceleste na final, algo que ninguém esperava antes do Mundial. O goleiro Sergio Romero, o zagueiro Ezequiel Garay e o volante Javier Mascherano comandaram um setor defensivo que não toma gol há três jogos.

Contra a Alemanha, os cerca de 100 mil torcedores argentinos que estarão no Rio para participar da festa sabem que a retaguarda estará completa para a final, mas Di María, que sofreu um estiramento na coxa direita no primeiro tempo da partida contra a Bélgica, nas quartas de final, vem se recuperando pouco a pouco e ainda é dúvida.

Messi no Olimpo do futebol

A ausência de Di María poderá ter efeito negativo no grande craque da final, Lionel Messi. Contra a Holanda, o jogador ficou um pouco isolado no ataque e não conseguiu desequilibrar o adversário. Agora, o camisa 10 terá que mostrar porque foi eleito quatro vezes o melhor jogador do mundo, ajudando a Argentina a conquistar o terceiro título mundial, o que colocaria definitivamente o atacante no Olimpo dos grandes da história do futebol, junto com Maradona e Pelé.

Antes da chegada de Sabella ao comando da equipe, Messi nunca tinha brilhado na seleção. Com isso, a “Pulga”', que saiu do país natal aos 13 anos para jogar nas categorias do Barcelona, era visto pelos torcedores argentinos como um forasteiro, um bom jogador que encantava com a camisa do clube catalão, mas não tinha o pedigree para vestir a alviceleste.

Tudo isto mudou com Sabella, que fez com Messi o que Carlos Bilardo conseguiu com Maradona em 1986: montar uma equipe em função do craque. Assim, o jogador tornou-se capitão da equipe e transformou-se no artilheiro que os argentinos esperavam em sua seleção (10 gols nas eliminatórias, 4 gols nesta Copa do Mundo).

Chegou a hora da verdade. Quem levará esta Copa? A sólida Alemanha ou a talentosa Argentina? a resposta será divulgada a partir das 16h deste domingo.
 

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