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Futebol/França

PSG festeja título com vitória de 3 a 2 sobre o Reims e queima de fogos de artifício

Com um jogo fraco tecnicamente, mas cheio de gols, o Paris Saint-Germain fechou sua participação no campeonato francês na noite deste sábado (23) com uma vitória de 3 a 2 sobre o Reims. A festa do título, conquistado na rodada anterior, foi marcada por uma grandiosa queima de fogos de artificio no estádio Parc des Princes, onde o clube não sofreu nenhuma derrota durante a competição.

O atacante Cavani comemora o primeiro gol do PSG contra o Reims. (23/05/15)
O atacante Cavani comemora o primeiro gol do PSG contra o Reims. (23/05/15) REUTERS/Charles Platiau
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Para o jogo que marcou o fim da temporada do campeonato, Thiago Silva cedeu a braçadeira de capitão para outro zagueiro, Zoumana Camara, que jogou sua última partida pelo clube. Outra novidade foi a escalação preparada pelo treinador Laurent Blanc, cheia de reservas.

O time entrou em campo poupando vários de seus titulares, a começar pela sua grande estrela, o atacante Ibrahimovic, que nem sequer esteve na lista de convocados, para se recuperar das dores na panturilha. Maxwell, Blaise Matuidi e o goleiro Salvatore Sirigu viram o jogo do banco de reservas, assim como David Luiz, que entrou no decorrer da partida. Pela frente, a equipe com a defesa mais vazada da competição com 63 gols, antes da última rodada.

Acostumados a ver bons espetáculos em casa, a torcida esperava uma grande apresentação para celebrar a incrível marca de nove vitórias consecutivas no campeonato.

O Paris Saint-Germain assustou logo aos 5 minutos, com uma boa arrancada de Lucas que avançou rápido para a área e deu o passe em profundidade para Pastore, que chutou colocado, mas o zagueiro tirou em cima da linha. Aos 12, Cavani teve chances de abrir o placar, mas desperdiçou.

Apesar do domínio e do toque de bola, o time tinha dificuldades de criar jogadas, e passou a ameaçar pouco. Sem eficiência do adversário, o Reims se animou e partiu para o ataque. Aos 29, Moukandjo arriscou um chute de fora da área, bem defendido por Douchez. No minuto seguinte, veio o troco parisiense.

No lançamento em profundidade de Verrati buscando Rabiot, o atacante Cavani se antecipou e levou a bola até a área, chutando na saída de Agassa para marcar. O caminho da vitória tinha sido destravado.

Aos 25, a melhor oportunidade de Lucas. O brasileiro arrancou em velocidade pelo meio em direção ao gol, mas deu um toque a mais e permitiu o corte do zagueiro. Aos 37, outra boa chance, desta vez com o lateral Van der Wiel, lançado sozinho e livre de marcação na direita. Ao invés de chutar, ele tentou um drible e a chance foi parar no escanteio.

Aos 41, lançado na área e livre de marcação, Cavani dominou bem no peito, mas a finalização foi decepcionante e o placar não mudou. Mas antes da pausa, Rabiot ampliou o placar com um chute forte depois de uma bela assistência de Lucas.

Sufoco na etapa final

No segundo tempo, o PSG foi surpreendido pelo Reims a partir de um escanteio. Signorino driblou Cavani e Pastore antes de cruzar e encontrar Mandi que diminui de cabeça, aos 9 minutos. E dois minutos depois, só não empatou graças a uma boa defesa de Douchez, depois de uma jogada de contra-ataque. Na sequência, o treinador Laurent Blanc colocou David Luiz no lugar de Thiago Silva, para dar fôlego novo à defesa.

Aos 22, o PSG levou perigo pela esquerda. Cavani lançou Pastore no centro da área, mas o argentino dominou mal e perdeu a chance de ampliar. Desperdiçando gols, o PSG deu novas chances ao Reims que não empatou porque o brasileiro Diego, de frente para Douchez, chutou para o alto.

Sem produzir, Lucas foi sacado aos 30 minutos para a entrada do argentino Lavezzi. O alívio veio aos 39 minutos, com Cavani balançando novamente as redes depois de um chute forte, sem chances para o goleiro adversário. Mas, ainda vivo na partida, o Reims diminuiu com Kiey, a um minuto do final do tempo regulamentar. E foi só.

Festa no gramado

Depos do apito final, os torcedores que lotaram as arquibancadas viram um grandioso show de fogos de artificio para marcar o quinto título do clube (1986, 1994, 2013,2014 e 2015) e a terceira conquista consecutiva. O troféu foi trazido por duas crianças da Fundação do PSG e erguido pelos jogadores e a equipe técnica chamados para um palco armado no centro do gramado.

Maxwell foi lembrado pelo gol mais rápido da história do clube, aos 24 segundos de partida na goleada de 6 a 1 sobre o Lille. Marquinhos teve uma menção especial por ter ficado 34 partidas sem perder com a camiseta do clube. Outro brasileiro recebido calorosamente foi Lucas, que do palco, repetiu o bordão que o deixou famoso no clube: "Champion, mon frère" ('Campeão, meu irmão', em tradução livre). 

Convidado a falar de sua primeira temporada no PSG, David Luiz disse, em francês, que "está feliz no clube". Último a entrar no gramado, o capitão Thiago Silva disse que "se a equipe continuar com essa mentalidade, pode ganhar outros títulos", em referência clara à Liga dos Campeões. Em um gesto elegante, o brasileiro avisou que Camara iria erguer o troféu de campeão da temporada.

O time agora se prepara para a final da Copa da França no próximo sábado (30) contra o Auxerre e pode entrar para a história do futebol francês como a primeira equipe a conquistar quatro títulos em uma mesma temporada. Além do campeonato, o Paris Saint-Germain já faturou o Troféu dos Campeões e a Copa da Liga francesa.

Terceiro lugar e rebaixamento

O PSG terminou o campeonato francês com 83 pontos conquistados em 38 rodadas, oito a mais que o vice-campeão, Lyon. Os dois clubes estão classificados automaticamente para a Liga dos Campeões da Europa.

Com a ponta da tabela já antecipadamente definida, o suspense ficou com a disputa pelo terceiro lugar, posição que garante a presença nas eliminatórias da Liga dos Campeões . Três equipes tinham chances, mas com a vitória de 1 a 0 sobre o Lorient, o Mônaco ficou com o terceiro lugar do pódio.

A rodada também definiu a quarta equipe rebaixada. Além de Lens, Metz e Evian, o Toulouse, que perdeu em casa para o Nice por 3 a 2, deixou a elite do futebol francês, dominado nos três últimos anos anteriores pelo PSG.

 

 

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