Espanha quer ter 250 mil carros elétricos em 2014

O governo socialista espanhol lançou um plano de investimentos de 590 milhões de euros para o desenvolvimento de carros elétricos na Espanha. Particulares e empresas vão receber uma ajuda de até 6 mil euros do governo na compra de um veículo elétrico.  

O governo espanhol se reuniu hoje, em Madri, para o lançamento do plano de investimentos para o desenvolvimento de carros elétricos na Espanha. Reuters

O plano prevê a aplicação dos recursos públicos em dois anos. O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodrigues Zapatero, declarou que o desenvolvimento do carro elétrico é uma oportunidade que não se pode perder. "Projetos como este geram confiança e promovem a inovação em um país que tem capacidade suficiente para competir no cenário mundial e retornar ao caminho da recuperação econômica", disse Zapatero durante a reunião de ministros dedicada ao lançamento do projeto.

A Espanha é um dos países europeus mais afetados pela crise. O governo está em busca de um novo modelo de produção, baseado na inovação, após o fim da bolha imobiliária que inchou artificialmente a economia espanhola nos últimos 15 anos.

Zapatero destacou a importância estratégica do setor automobilístico, que emprega 300 mil pessoas atualmente e representa 6% do Produto Interno bruto (PIB) do país. Com 17% de exportações no ano passado, a Espanha foi o segundo produtor europeu de veículos.

O objetivo do plano de ação espanhol é chegar a 70 mil carros elétricos matriculados na Espanha até 2012, que passariam a ser 250 mil em 2014, entre modelos 100% elétricos e híbridos recarregáveis. A esses 250 mil veículos, seriam acrescentados 750 mil carros híbridos convencionais, que só recorrem aos motores elétricos em baixa velocidade. Para alcançar essas metas, o projeto contempla um amplo leque de medidas para favorecer a demanda, os investimentos e o desenvolvimento desse setor industrial, assim como a instalação da infraestrutura necessária ao reabastecimento dos carros.

Entre os incentivos para a compra desses carros, menores e mais caros do que os modelos convencionais, o governo espanhol propõe "vantagens urbanas", como autorização para circular em zonas com restrições e espaços reservados para a recarga elétrica.