UE elogia plano de austeridade português
O plano de austeridade econômico de Portugal para 2011-2013 é concreto e ambicioso, mas pode precisar de mais cortes segundo a avaliação do comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, divulgada nesta quarta-feira. Portugal atravessa uma grave crise econômica. O déficit público do país em 2009 atingiu 9,4% do PIB.
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A Comissão Européia apreciou o plano português, mas considera que o governo do premiê José Sócrates prevê taxas de crescimento econômico excessivamente otimistas. O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, considerou o pacote de austeridade apresentado pelo governo socialista ambicioso e concreto, fazendo a ressalva de que medidas suplementares de redução do déficit seriam necessárias ainda este ano.
O governo português procurou minimizar os comentários do comissário europeu. O ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, declarou que o país está disposto a adotar novas medidas para reduzir o déficit público, mas não de imediato. "Essa necessidade não transparece no relatório de avaliação da Comissão Europeia", disse o ministro português.
O plano de austeridade português prevê uma redução do déficit público de 9,4% em 2009 para 8,3% em 2010, com medidas progressivas nos três anos seguintes, que devem levar Portugal a um déficit de 3% do PIB em 2013, como prevê o Pacto de Estabilidade da Zona Euro.
O programa, centrado no corte de despesas públicas, foi bem recebido pelo mercado. A única dúvida é se a oposição, majoritária no parlamento, vai aprovar as medidas, entre elas a taxação de lucros nas operações de bolsa de valores. O ministro das Finanças Teixeira dos Santos garantiu que o plano será submetido à votação até o final do mês.
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