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Espanha/Cuba

Mais três dissidentes cubanos chegam à Espanha

Na próxima semana, outros cinco presos serão soltos através do acordo entre o regime cubano, a igreja católica, e o governo espanhol.

O cardeal de Cuba, Jaime Ortega, durante a coletiva de imprensa em Havana, no dia 20 de maio..
O cardeal de Cuba, Jaime Ortega, durante a coletiva de imprensa em Havana, no dia 20 de maio.. ©Reuters
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Luisa Belchior, correspondente da RFI em Madri

Mais três dissidentes cubanos libertados pelo governo da ilha chegaram nesta sexta-feira à Espanha. Além deles, outros cinco presos serão soltos na semana que vem, somando 47 os libertados pelo acordo do regime de Raúl Castro com a igreja católica e o governo espanhol, no início do ano. Rolando Jiménez Posada, Arturo Suárez Ramos e Ciro Pérez Santana chegaram na manhã desta sexta-feira a Madri com familiares. Como os outros dissidentes enviados à capital espanhola desde julho, eles foram recebidos por uma equipe da Cruz Vermelha e levados para um albergue. De lá, aguardarão até que o governo espanhol consiga moradia e trabalho, segundo o acordo com Cuba.

Na próxima semana, mais cinco presos políticos aterrissam no país. No grupo, está a primeira mulher libertada após o acordo de Castro com a igreja e o governo espanhol. Trata-se de Juana María Mena, presa desde 1999 por acusação de pirataria e roubo de embarcação. Além de Mena, serão libertados os Domingo Ozuna Mederos, Juan Francisco Marimón Gómez, Misael Mena Fernández e José Luis Ramil Navarro. Com eles, serão 47 os libertados pelo governo cubano desde julho. Todos eles, pelo acordo, são enviados à Espanha, mas algumas famílias têm optado por seguir para os Estados Unidos, onde têm família.

Dos que permanecem na Espanha, apenas cinco ficaram em Madri. Os outros foram enviados a cidades espalhadas pelo país, onde são alojados em centros da Cruz Vermelha, até que se consiga moradia para eles. Um processo que gerou protesto entre os dissidentes. Em agosto, eles enviaram uma queixa formal ao governo da Espanha, exigindo melhores condições.

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Luísa Belchior, correspondente da RFI em Madri

O anúncio da nova leva de libertação acontece um dia depois de o Parlamento Europeu conceder o prêmio anual Sájarov por liberdade de consciência ao dissidente cubano Guillermo Farinas, que fez greve de fome de quatro meses contra o regime de Raúl Castro. O prêmio gerou um mal-estar entre os deputados europeus de esquerda, que acusaram os conservadores de se utilizar politicamente da causa dos dissidentes cubanos.
Na Espanha, os socialistas fazem a mesma acusação ao Partido Popular, que bancou uma viagem dos presos à Bruxelas para pedir aos euro-deputados que não revoguem a posição comum de bloqueio econômico da União Europeia a Cuba. Um pedido que, nesta sexta-feira, os deputados concederam aos presos, ao confirmarem que, por enquanto, manterão o bloqueio europeu à ilha.
 

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