Eleições na Turquia devem reconduzir premiê Erdogan ao poder
Os eleitores turcos vão às urnas neste domingo para eleições legislativas que devem reconduzir ao poder o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e abrir o caminho para sua prometida reforma constitucional.
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O Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), do premiê turco, deve obter, pela terceira vez consecutiva, maioria absoluta no parlamento. A única incerteza é sobre a amplitude da vitória. As últimas pesquisas de opinião indicam que o AKP deve obter entre 45% e 50% dos votos.
As secções eleitorais serão abertas a partir das 7h, horário local, deste domingo e a lei seca já entrou em vigor no final da tarde deste sábado.
O resultado das urnas será visto como um voto de confiança e aprovação ao governo do premiê Erdogan que, em 10 anos, tem um balanço estável no plano econômico e político.
Caso seja realmente reconduzido ao cargo, Recep Erdogan deve modificar a Constituição elaborada em 1982 após o golpe militar de 1980.
Segundo ele, o novo texto será formulado com base em princípios "democráticos e pluralistas" , mas a oposição denuncia aspirações "autocráticas" do premiê e sua ambição de chegar ao posto de chefe de estado no âmbito um "sistema presidencial reforçado".
O AKP, partido conservador criado a partir de uma formação islamita que foi proibida no fim dos anos 90, detém 331 das 550 cadeiras do parlamento. O Partido precisa de, no mínimo, 330 votos para organizar um referendo sobre a modificação da Constituição. Com um maioria de 2/3, a legislação dispensa a necessidade de realizar o referendo popular.
Ao todo, 15 partidos e 7.695 candidatos concorrem às legislativas na Turquia. Para obter representação no parlamento, um partido deve obter, pelo menos, 10% dos votos no âmbito nacional.
Esse piso, um dos mais elevados do mundo, impede que muitos partidos pequenos elejam deputados. O AKP chegou ao poder, pela primeira vez, em 2002, e Recep Tayyip Erdogan foi nomeado primeiro-ministro 1 ano depois.
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