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Espanha

Indignados espanhóis voltam às ruas a uma semana das eleições

A sete dias das eleições gerais que dão a direita como favorita na Espanha, os indignados espanhóis enfrentam dificuldades para remobilizar a população contra a crise. Uma passeata convocada pelo movimento, hoje, em Madri, reuniu apenas mil pessoas. Os participantes protestaram contra os cortes nos programas sociais e a corrupção. 

Faixa na passeata dos indignados espanhóis pede uma "mudança de modelo econômico já" na Espanha.
Faixa na passeata dos indignados espanhóis pede uma "mudança de modelo econômico já" na Espanha. Reuters
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A passeata dos indignados saiu da praça onde fica a estação central de Atocha, o maior terminal de transportes de Madri, e caminhou em direção à praça da Porta do Sol, símbolo do movimento criado em maio passado por estudantes e famílias da classe média descontentes com a grave crise econômica na Espanha.

Rubén Torres, de 53 anos, disse que foi ao protesto por ser contrário "aos cortes nos gastos públicos, à privatização de serviços básicos e a favor de uma democracia mais representativa". Jovens casais empurravam carrinhos de bebê demonstrando preocupação com o futuro.

Em uma assembleia na Praça da Porta do Sol, os indignados fizeram um ato em defesa do setor público, contra a corrupção e por mais empregos. A Espanha acumula o recorde de desemprego dos países industrializados, com uma taxa que chegou a 21,52% da população.

Um protesto semelhante convocado pelos indignados de Barcelona reuniu apenas um grupo de 30 pessoas.

Josep Ramoneda, editorialista do jornal El Pais, viu na fraca adesão às manifestações de hoje uma dificuldade criada pelo próprio movimento dos indignados espanhóis, que se recusa a buscar uma forma de articulação política. 

Oposição de direita lidera pesquisas

A uma semana das eleições de 20 de novembro, pesquisas publicadas neste domingo pela imprensa espanhola apontam uma ampla vantagem da direita. A tendência é que os conservadores imponham uma derrota histórica aos socialistas.

O Partido Popular, do líder Mariano Rajoy, 56 anos e provável futuro primeiro-ministro, obteria entre 192 e 196 deputados sobre as 350 vagas do Congresso, a Câmara Baixa do parlamento. A maioria absoluta do Congresso é de 176 cadeiras. 

O PSOE, partido socialista do premiê José Luis Rodrigues Zapatero, nestas eleições encabeçado por Alfredo Perez Rubalcaba, 60 anos, cairia para 112 deputados, "o pior resultado socialista desde 1978", sublinha El Pais

Segundo várias pesquisas, os conservadores do PP vão bater o recorde de José Maria Aznar em sua reeleição em 2000, quando a formação obteve 44,52% dos votos e 183 deputados. Os socialistas, no poder desde 2004, têm desde 2008 169 deputados no Congresso, uma maioria relativa se comparada aos 154 parlamentares do PP.

A coalizão nacionalista catalã Convergencia i Unio (CiU) poderá conquistar de 7 a 11 cadeiras no parlamento espanhol, segundo diferentes pesquisas, o que também seria um sucesso.

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