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Romênia/Protestos

Hooligans se infiltram em protesto contra presidente da Romênia

O segundo dia de protestos contra o presidente romeno, Traian Basescu, terminou em violência com 33 pessoas feridas nesse domingo em Bucareste, sendo três policiais. Os manifestantes culpam o presidente pelo aumento do custo de vida no país e protestam contra uma polêmica reforma do sistema de saúde. A polícia teve dificuldades para garantir a segurança pela infiltração de hooligans entre os manifestantes.

Mulher segura cartaz contra o presidente romeno, Traian Basescu, apontado como corrupto por manifestantes no centro de Bucareste.
Mulher segura cartaz contra o presidente romeno, Traian Basescu, apontado como corrupto por manifestantes no centro de Bucareste. REUTERS/Bogdan Cristel
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A capital da Romênia viveu um fim de semana de distúrbios violentos. Na noite de domingo, uma centena de jovens encapuzados entrou em confronto com a polícia na principal avenida do centro de Bucareste. Os jovens agrediram os policiais que tentavam dispersar a manifestação com pedras e produtos inflamáveis. Jornalistas que faziam a cobertura dos protestos ao vivo também foram alvejados diante das câmeras de tevê.

As forças da ordem usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, mas enfrentaram a resistência dos jovens que ocupavam o centro da cidade desde sábado. Segundo a polícia, grupos de hooligans torcedores dos dois principais clubes de futebol da capital, o Dínamo e o Steaua, estavam entre os agressores. Eles levaram faixas e bandeiras à manifestação com as frases "Tenho orgulho de ser hooligan" e "Liberdade para os torcedores". Eles incendiaram latas de lixo e depredaram pontos de ônibus.  

No sábado, dez pessoas haviam ficado feridas em uma outra manifestação contra uma reforma no sistema de saúde. O governo romeno voltou atrás e retirou o projeto na sexta-feira, mas mesmo assim 4 mil pessoas saíram nas ruas de Bucareste. O protesto terminou com 50 pessoas detidas, logo depois libertadas mediante pagamento de caução. 

Muitos manifestantes reclamam dos baixos salários na Romênia e da corrupção do governo. O primeiro-ministro Emil Boc pediu calma à população e defendeu o diálogo. "Atirando pedras ninguém vai achar uma solução", declarou o premiê. "Num período de crise como esse é fundamental garantir a estabilidade política", afirmou Boc.

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