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UE/ Irã

UE adota embargo ao petróleo iraniano

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia estão reunidos em Bruxelas para adotar um novo conjunto de sanções contra o Irã, devido às suspeitas em torno de seu programa nuclear. Segundo fontes diplomáticas, a UE decidiu impor um embargo gradual às importações de petróleo iraniano, que deve começar a valer a partir de 1º de julho.

Catherine Ashton, durante a reunião de Ministros de Relações Exteriores em Bruxelas do dia primeiro de dezembro de 2011.
Catherine Ashton, durante a reunião de Ministros de Relações Exteriores em Bruxelas do dia primeiro de dezembro de 2011. Reuters / Francois Lenoir
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Os europeus também decidiram impor sanções ao Banco Central iraniano, como uma forma de dificultar o financiamento das atividades nucleares do país. Os detalhes das novas sanções serão divulgados durante o dia. Os europeus já tomaram medidas suspendendo bens e recursos de 433 empresas iranianas e 113 personalidades ligadas ao regime.

“Nós vamos finalizar as sanções para fazer com que o Irã leve a sério a nossa oferta de retornar à mesa de negociações [sobre o programa nuclear]”, afirmou a responsável pela Diplomacia europeia, Catherine Ashton, ao chegar à reunião, em Bruxelas.

No acordo que será detalhado hoje, os europeus devem proibir imediatamente os países do bloco de assinar qualquer novo contrato com o Irã no setor petroleiro. Uma fase de transição para anular os contratos existentes também é prevista e deve se concretizar em julho.

O acordo não conta com a aprovação de todos os países: com forte dependência do petróleo iraniano, a Grécia se opõe às sanções. Atenas gostaria que o prazo para o início das novas sanções fosse estendido para daqui a um ano. Porém outros países produtores do Golfo devem tomar a iniciativa de se substituírem ao Irã junto às economias europeias dependentes do petróleo iraniano.

Teerã vende cerca de 20% do petróleo consumido na União Europeia. A maior parte das vendas vai para a Ásia, que europeus e americanos tentam convencer a reduzir os contratos com os iranianos.

O objetivo das sanções é de pressionar o país a rever a continuidade de seu programa nuclear, que segundo os ocidentais visa a produzir uma bomba atômica, embora Teerã garanta que tem apenas objetivos civis.
 

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