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Grécia/Legislativas

Líder da esquerda radical diz que os gregos perderam o medo

Os resultados das primeiras pesquisas de boca de urna sobre as eleições legislativas realizadas neste domingo na Grécia devem ser divulgados às 13h no horário de Brasília. A polícia está em estado de alerta após a descoberta de duas granadas em frente à sede do canal de TV Skai, em Atenas, de propriedade de uma família de ricos armadores gregos.

O líder do Syriza, Alexis Tsipras, vota em Atenas neste domingo, 17 de junho.
O líder do Syriza, Alexis Tsipras, vota em Atenas neste domingo, 17 de junho. REUTERS/John Kolesidis
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Dez milhões de gregos votam hoje pela segunda vez este ano, com o objetivo de eleger uma maioria no Parlamento e com isso formar um novo governo. Nas legislativas de maio, nenhum partido obteve maioria e as negociações entre os partidos capotaram. O resultado das legislativas na Grécia é crucial, pois pode definir a permanência ou a saída do país da zona do euro.

O duelo está apertado entre a esquerda radical reunida na coalizão Syrisa, que promete abandonar as medidas de austeridade impostas pelos credores europeus, e os conservadores do Nova Democracia, defensores do cumprimento do acordo.

Certo de que obterá a vitória, o líder da esquerda radical Alexis Tsipras, 37 anos, votou num bairro popular de Atenas. Cercado de jornalistas, ele declarou que os gregos perderam o medo e com a esquerda radical "uma nova via se abre na Grécia, com justiça social e em pé de igualdade com uma Europa em transformação".

Seu rival conservador Antonis Samaras, 61 anos, votou em seu reduto eleitoral de Messina, no Peloponeso, e afirmou que uma nova era está começando para os gregos. Ontem, Samaras havia advertido que o abandono das medidas de austeridade iria colocar a Grécia numa situação econômica calamitosa, pior do que a atual.

Os líderes europeus pediram aos gregos que não elejam a esquerda radical para continuar na zona do euro. A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a repetir no sábado que as condições dos empréstimos de 340 bilhões de euros concedidos pelo FMI e a União Europeia à Grécia, com 107 bilhões de euros de dívidas perdoadas, não serão renegociados.

Os principais bancos centrais do mundo estão em estado de alerta para se proteger de uma possível tempestade nos mercados financeiros, caso a extrema-esquerda vença as eleições.

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