Europeus discutem tensão diplomática entre Suécia e Belarus
A crise diplomática entre a Belarus e Suécia, que já está sendo batizada de "guerra dos ursinhos de pelúcia", é o tema de uma reunião extraordinária nesta sexta-feira, em Bruxelas, de embaixadores dos membros da União Europeia para tratar da tensão entre os dois países. As relações entre entre os dois países pioraram desde a última quarta-feira com o fechamento da embaixada sueca em Minsk.
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Após a expulsão de todos os diplomatas da capital bielorussa, o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, afirmou que a decisão prova o medo que o presidente Alexandre Loukachenko tem em relação aos Direitos Humanos. “Loulachenko expulsa todos os diplomatas suecos da Bielorússia. O medo dele sobre Direitos Humanos atingiu o ápice”, escreveu Bildt em sua conta no Twitter. A Belarus propôs à Suécia que aplique o princípio de reciprocidade e peça que os diplomatas bielorussos deixem o país até o dia 30 de agosto. Em comunicado, o governo bielorusso afirma, no entanto, que não pretende romper relações diplomáticas com a Suécia.
A crise se agravou desde que Estocolmo se recusou a substituir o embaixador Stefan Eriksonn expulso da Belarus na sexta-feira da semana passada por ser considerado pelo governo de Minsk como muito próximo da oposição. Para a Suécia, a decisão foi uma represália à operação realizada em julho quando um avião despejou sobre o país centenas de ursos de pelúcia com mensagens denunciando o desrespeito da Belarus com os Direitos Humanos.
Uma agência de publicidade sueca assumiu a responsabilidade pela operação que irritou a tal ponto o presidente Alexandre Loukachencko que ele demitiu dois generais e vários funcionários do governo. Loukatchenko ainda alertou a Lituânia de que ela pagará um preço caro por ter liberado seu espaço aéreo para a passagem do avião com os ursos de pelúcia.
A Suécia é um dos países europeus mais ativos em favor da democracia na Belarus, um país da extinta União Soviética. A reeleição de Alexandre Loukachenko em dezembro de 2010, repleta de denúncias de fraudes, levou Estocolmo a concentrar seus esforços diplomáticos em defesa da democracia e dos Direitos Humanos na Belarus.
Apesar da crise, o chanceler Bildt escreveu em sua conta no Twitter que a Suécia seguirá firme na defesa das liberdades no país e de todos os seus cidadãos bielorussos. A Embaixada da Suécia em Minsk abriu somente em 2008. Antes o país tinha uma representante para a Belarus baseado em Moscou.
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