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Alemanha/ aviação

Greve na companhia Lufthansa anula 65% dos voos amanhã

Dois terços dos voos da companhia aérea alemã Lufthansa serão cancelados nesta sexta-feira, devido a uma greve dos comissários de bordo durante 24 horas. O restante dos trajetos será realizado por empresas parceiras como Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines, Germanwings ou Eurowings.

Funcionárias da Lufthansa em greve no aeroporto de Frankfurt nesta segunda-feira.
Funcionárias da Lufthansa em greve no aeroporto de Frankfurt nesta segunda-feira. REUTERS/Michael Dalder
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O sindicato Ufo anunciou ontem que caso a Lufthansa não aceite as reivindicações dos funcionários, a paralisação nacional vai ocorrer a partir da meia-noite de hoje até a meia-noite de amanhã, em um protesto sem precedentes na companhia. Os transtornos serão sentidos nos principais aeroportos alemães: Frankfurt – o terceiro maior da Europa -, Berlim, Munique, Düsseldorf, Stuttgart e Hamburgo.

No total, 1,2 mil voos foram cancelados na sexta-feira, dois terços do total do tráfego da companhia. Os demais serão operados por empresas parceiras.

Já nesta quinta-feira, os efeitos da greve eram sentidos: pelo menos 50 voos foram anulados, em linhas nacionais como europeias e intercontinentais. Alguns dos trajetos que não partiram foram Berlim-Colônia, Dublin-Frankfurt, Munique-Roma, Nova York-Frankfurt e Hong Kong-Munique. O trajeto Rio de Janeiro-Frankfurt, que deveria decolar às 21h15, também não acontecerá.

O movimento social começou na semana passada, com paralisações isoladas. O principal sindicato afirma contar com o apoio de dois terços dos 18 mil comissários de bordo da empresa. Eles pedem 5% de aumento de salário a partir de abril de 2012, após três anos sem reajustes. A Lufthansa propõe elevar as folhas de pagamento em 3,5% e promete não fazer demissões por enquanto.

A direção da companhia, que como várias outras enfrenta dificuldades econômicas, pede em troca o aumento da competitividade, o que poderia ocorrer através de duas horas a mais de trabalho por mês por funcionário, argumenta. As negociações, entretanto, estão bloqueadas.

“Nós lamentamos muito de ter chegado a esta situação, mas as negociações chegaram a um ponto em que não há outra alternativa a não ser a greve”, disse o Ufo, por comunicado, nesta quinta-feira.

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