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Holanda/eleições

Holandeses elegem novo governo que deve seguir a linha da austeridade

Os holandeses vão às urnas nesta quarta-feira, para eleger os novos deputados e formar o novo governo do país. Os dois grandes favoritos são os liberais e trabalhistas, considerados pró-europeus. As mais de dez mil seções eleitorais foram abertas às sete e meia da manhã e receberão os eleitores até as nove horas da noite, horário local.

Diederik Samsom, líder do Parti Trabalhista, vota na cidade de  Leiden
Diederik Samsom, líder do Parti Trabalhista, vota na cidade de Leiden Reuters/Michael Kooren
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As últimas sondagens indicam que o Partido Liberal, do primeiro-ministro Mark Rutte, e o Partido Trabalhista, liderado por Diederik Samson, estão empatados e devem conquistar pelo menos 35 cadeiras cada um, das 150 do parlamento holandês. Rutte é considerado alinhado com a postura da Alemanha, favorável à austeridade na zona do euro. A linha do trabalhista Samsom é mais próxima do francês François Hollande que defende medidas para relançar a economia do bloco.

Os socialistas, da chamada esquerda mais dura, e a extrema-direita, que defende a saída do país da União Europeia, estão mal colocados nas pesquisas e não devem participar de um eventual governo de coalizão. Os analistas da eleição na Holanda prevêm uma futura coalizão entre liberais e trabalhistas, mesmo que ainda não haja um consenso para definir o nome do primeiro-ministro: Mark Rutte ou Diederik Samsom.

Reivindicando um alinhamento com a Alemanha, favorável aos planos de austeridade, Mark Rutte votou logo no início do dia, em uma escola primária da cidade de Haia. "Nós continuaremos nossa colaboração com a Alemanha e a Finlândia para combater a crise do euro", declarou o primeiro-ministro, que diz ser um erro acreditar que a crise será resolvida entre Paris e Berlim. A formação de um novo governo poderá levar semanas. Apesar do impasse quanto ao nome do novo primeiro-ministro, analistas avaliam que não haverá uma grande mudança quanto à política econômica adotada pela Holanda, sobretudo nas práticas de austeridade orçamentária, exigidas para todos os países que compôem a zona do euro.
 

Sistema político fragmentado

A Holanda é uma monarquia parlamentar , com um sistema de representação proporcional composto por muitos partidos políticos. Para obter uma maioria na Câmara Baixa, é necessário obter pelos menos 76 dos 150 assentos. Mais de 21 partidos brigam nas urnas, para alcançarem o maior número possível de assentos na Câmara Baixa. Essa fragmentação possibilitará que três ou quatro partidos participem da coalizão. Após os resultados oficiais, o novo parlamento da Holanda se reunirá pela primeira vez em 20 de setembro. Na última eleição, em 2010, as negociações para formar a coalizão duraram quatro meses.
 

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