Acesso ao principal conteúdo
Terremoto/Áquila

Cientistas italianos condenados pelo terremoto de Áquila

Cientistas italianos foram condenados nesta segunda-feira a seis anos de prisão por “homicídio involuntário” por um tribunal de Áquila, na região de Abruzzo, no centro da Itália. Eles são acusados de terem subestimado os riscos do terremoto que matou 309 pessoas em abril de 2009.

Terremoto em Áquila, na região de Abruzzo, centro da Itália, matou 309 pessoas em 2009.
Terremoto em Áquila, na região de Abruzzo, centro da Itália, matou 309 pessoas em 2009. Giorgio Cosulich/Getty Images
Publicidade

No final de setembro, a procuradoria local havia pedido quatro anos de prisão contra os sete integrantes de uma comissão que se reuniu seis dias antes do tremor. Os seis engenheiros e o sub-diretor da segurança local tinham como missão avaliar os riscos de um possível grande abalo.

Segundo a promotoria, o grupo errou na análise e contribuiu para a tragédia. A acusação alega que as informações dadas à população foram asseguradoras demais e impediram que os moradores adotassem medidas preventivas.

A defesa, apoiada pela comunidade científica, disse ser impossível prever terramotos. Mais de cinco mil cientistas assinaram uma carta aberta ao presidente italiano, Giorgio Napolitano, em apoio aos réus. Entre os condenados está o professor Enzo Boschi, até recentemente presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, na Itália.

O terremoto do dia 6 de abril de 2009 provocou 309 vítimas fatais e destruiu o centro medieval de Áquila e outras cidades dos arredores. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas.

Uma dezena de sobreviventes acompanhou a sessão desta segunda-feira, realizada em um prédio da zona industrial de Áquila, uma vez que o Palácio de Justiça também foi destruído no abalo.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.